A senadora Lídice da Mata defende a importância do forró no contexto dos festejos de São João. Ela lembrou que a economia dos estados do Nordeste aquece na época dos festejos juninos e chega a gerar mais lucro do que períodos como Natal e Carnaval. É da senadora baiana a iniciativa, também junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ( Iphan), de transformar o São João em Patrimônio Cultural do Brasil.
A presidente da Associação Cultural Balaio Nordeste, Joana Alves, disse que o forró está perdendo força nas festas de São João, pois grande parte dos municípios nordestinos tem contratado para o evento artistas famosos que tocam outros ritmos. “A proposta de festa junina é trazer grandes artistas, porque dizem que eles atraem público. Mas quem disse que não temos forrozeiros capazes de trazer público? Quando se contrata um grande artista, paga-se R$ 400 mil para ele participar com sua banda. Para o forrozeiro, paga-se apenas R$ 300, sendo que seu instrumento de trabalho, que é a sanfona, custa em média R$ 22 mil. Não podemos dizer que não temos pessoas capacitadas, o que falta é investimento nas políticas públicas” — relatou.
Já segundo Rozania Macedo, presidente da Comissão Estadual do Forró na Bahia, 417 municípios baianos se beneficiam economicamente com as festividades de São João. “Eu vivo a dificuldade de colocar os forrozeiros na época junina. É preciso registrar o forró como patrimônio imaterial. Onde se planta e semeia uma cultura, se colhe o forró”, comentou.
Senadora Lídice reforça importância de reconhecimento do forró como patrimônio imaterial.
Para a vice-presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado (CDR), a senadora Lídice da Mata, o reconhecimento do forró como patrimônio imaterial é fundamental para fortalecimento da identidade do povo nordestino, além de estímulo para a economia do setor. “Sou totalmente favorável à proposta”, afirmou a senadora Lídice da Mata.