
Pedidos de impeachment estão em pauta nesta quinta-feira (17) tanto na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), quanto na Câmara dos Vereadores do Rio. Os processos são diferentes e não têm relação entre si.
O do governador afastado Wilson Witzel (PSC) já foi aberto e está mais avançado. Nesta quinta (17), a comissão processante do impeachment decide se aprova o parecer que pede a continuidade do processo.
O pedido de impedimento do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), ainda depende de aprovação no Parlamento Municipal para ser aberto. O que será votado pelos vereadores nesta quinta.
As suspeitas partiram de investigação do Ministério Público sobre um suposto “QG da Propina” na Prefeitura. No início do mês, a Câmara dos Vereadores arquivou um outro pedido sobre o caso conhecido como “Guardiões do Crivella”.
Impeachment de Witzel
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou Wilson Witzel do cargo após a Operação Tris In Idem, que investiga desvios em recursos da saúde do Rio.
O governador afastado lidera uma “sofisticada organização criminosa”, segundo o ministro do STJ Benedito Gonçalves. Ele nega.
A investigação apura o recebimento de propina de R$ 554,2 mil por meio do escritório de advocacia da esposa dele, Helena Witzel.
A descoberta do esquema criminoso se iniciou com a apuração de irregularidades na contratação dos hospitais de campanha, respiradores e medicamentos para o enfrentamento da pandemia do coronavírus.
Essas primeiras suspeitas levaram deputados da oposição a pedirem o impeachment de Witzel, com base em investigação do Ministério Público.
Paralelamente, a Alerj abriu o processo de impeachment por unanimidade.
Na fase desta quinta-feira, os deputados da comissão votam se concordam ou não com o parecer que pede o prosseguimento do processo de impeachment.
25 deputados compõem a comissão do impeachment. O quórum mínimo é de 13 parlamentares. A votação final no plenário da Alerj, com todos os deputados, está prevista para a próxima semana.
Crivella de novo
O Ministério Público afirma que o prefeito do Rio tem papel de protagonismo em um esquema de corrupção na Prefeitura.
Crivella teve o celular apreendido na Operação Hades, que investiga um suposto “QG da Propina” montado na administração municipal. Rafael Alves, irmão do ex-presidente da Riotur, seria outro protagonista do esquema — mesmo não tendo cargo público. Ambos negam as acusações.
Com base na investigação, o PSOL apresentou o pedido de impeachment na última terça-feira.
O mesmo partido tinha protocolado, há duas semanas, um pedido de impeachment com base no caso dos “Guardiões do Crivella”, que foi rejeitado pelos vereadores.
A Câmara é formada por 51 vereadores e, para a abertura do processo de impeachment, é necessário o voto da maioria simples (ou seja, da maioria dos vereadores presentes).
Com informações do G1