Virada Criativa convida periferia do DF para debates

Começa hoje (11), e vai até 5 de março, a primeira edição da Virada Criativa, um festival com artistas e painelistas de todas as regiões do Distrito Federal que nasceu com a intenção de valorizar a cultura popular e criativa da periferia da cidade.

Idealizado e organizado pelo Instituto No Setor e Instituto Rosa dos Ventos, o evento, que será virtual e gratuito, está dividido em quatro eixos: ambiental, cultural, econômica e social com foco na cultura periférica. A cada semana, será abordado um eixo em debates online às quintas, e exibição de um episódio da websérie do projeto às sextas.

“O propósito da Virada Criativa é materializar a vocação original do Setor Comercial Sul, que é o encontro de públicos de todo lugar da cidade. Infelizmente, por conta da pandemia, a gente não pode fazer a Virada presencial, mas com o cuidado a partir da curadoria focamos o evento on-line nessas pessoas maravilhosas no que fazem, nas artes periféricas que não são tão valorizadas”, explica Ian Viana, presidente do No Setor, que busca mudar a imagem do Setor Comercial Sul, centro de Brasília, por meio da ocupação e da ressignificação do espaço público e acolhimento de pessoas em situação de rua.

O evento vai receber 45 participantes entre painelistas, atrações musicais, visuais e cênicas. Nomes exponenciais da periferia do Distrito Federal se apresentarão na Virada Criativa como GOG e Ellen Oléria, que levaram seu talento e criatividade do Cerrado para o Brasil. Todas os debates e apresentações culturais serão transmitidas pelo Twitch TV do No Setor.

Nesta noite, o painel debaterá o eixo ambiental e Como lidar com o absurdo instaurado?, em referência à necessidade de se pensar alternativas de sustentabilidade. Nesta sexta-feira (12), o festival vai discutir a websérie Mãe Darilene, com a presença do grafiteiro Soneka (grafite), Bando Matilha, Emília Monteiro, Felipe Fiúza e GOG!

Ian ressalta a importância do evento para unir a cidade e acabar com preconceitos: “Infelizmente, o Brasil ainda é assombrado pelos estigmas da colonialidade. A gente pretende deixar como legado uma cidade mais plural, que respeite a diversidade, uma cidade que se empodere para ser mais sentimental”, definiu.

Serviço

1ª Virada Criativa de Brasília
De 11 de fevereiro até 5 de março. Transmissão pelo Twitch TV No Setor. Evento gratuito. Livre para todos os públicos