
Em nota, o movimento Vamos Juntos pelo Brasil, que organiza a campanha do pré-candidato a presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do pré-candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu a vida e a democracia e lamentou o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda por um fanático bolsonarista.
O assassinato ocorreu neste fim de semana, em Foz do Iguaçu (PR), quando a vítima comemorava seu aniversário de 50 anos. O algoz teria se incomodado com a temática da festa, que era de apoio a pré-candidatura de Lula.
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“É o mais trágico episódio de uma escalada de violência política em nosso país, criminosamente estimulada pelas atitudes e pelo discurso de ódio do atual presidente da República contra todos que dele divergem ou lhe fazem oposição”, inicia a nota.
A direção do Vamos Juntos pelo Brasil se refere ao episódio do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco e do então motorista dela, Anderson Gomes, em 2018, como um marco para a atuação violenta da extrema-direita no Brasil.
“Desde a execução a tiros de Marielle e Anderson, em março de 2018, agentes da extrema-direita, milicianos e terroristas vêm cometendo uma série de violências praticamente impunes: os tiros contra a caravana de Lula no Sul, o assassinato por bolsonaristas do mestre capoeirista Moa do Katendê, na Bahia, e do idoso Antonio Carlos Furtado, em Santa Catarina”, pontua o texto.
Ataques a atos de Lula e Alckmin
O movimento Juntos pelo Brasil lembrou dos ataques ocorridos nos últimos 30 dias, quando extremistas de direita usaram drones para lançar veneno agrícola sobre o público em ato político com a presença de Lula e Alckmin, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Ressaltou, ainda, o ataque sofrido pelo juiz federal, Renato Borelli, da 15ª Vara da Justiça Federal em Brasília, que havia determinado a prisão do ex-ministro da Educação, do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro. Além da redação do Jornal Folha de S. Paulo, que foi alvejada por um tiro.
No manifesto, o Movimento Juntos Pelo Brasil anuncia que irá apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um Memorial da Violência Política contra a Oposição no Brasil.
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“Entendemos que cabe ao TSE, bem como ao Supremo Tribunal Federal e às autoridades responsáveis pela segurança pública tomar iniciativas que garantam eleições livres e pacíficas, coibindo agressões e violência, como as que o bolsonarismo vem praticando.”
A direção do movimento afirma ainda que nomeou um assistente de acusação para atuar em apoio à família de Marcelo Arruda. Além de peticionar à Procuradoria-Geral da República que se manifeste junto ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) pela federalização das investigações.
“O assassinato de Marcelo é um crime político, contra a liberdade de opinião e os direitos humanos, e como tal deve ser tratado – desde a investigação até o julgamento final”, segue o documento.
“A violência política é inimiga da democracia, dos direitos humanos, da liberdade de expressão e de organização. No Brasil, os incentivadores e agentes do ódio são conhecidos e respondem a um chefe que tem nome e sobrenome: Jair Messias Bolsonaro. É diante de sua escalada autoritária e violenta que a sociedade brasileira e as instituições devem se manifestar com toda firmeza, em defesa do Brasil e da democracia”, finaliza o documento.
Reunião começa com um minuto de silêncio
Em reunião na manhã desta segunda-feira (11), representantes dos partidos que compõem o movimento Vamos Juntos pelo Brasil fizeram um minuto de silêncio em memória de Marcelo Arruda.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, participou da homenagem silenciosa e junto aos presidentes dos demais partidos, repudiou a violência política.
Em fala de abertura, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffamann, que foi ao velório de Arruda no domingo (10), dedicou o encontro a ele e destacou a importância da união de todos em defesa da democracia e da estabilidade política durante o processo eleitoral.
“Temos que combater essa prática que está vindo no Brasil nos últimos anos de colocar o ódio como instrumento político. Infelizmente, temos no Brasil um movimento que prega isso e que é sustentado pelo presidente da República atual”, afirmou.
*Confira a íntegra da nota no site do PSB 40