
A Câmara de Vereadores do Rio rejeitou, nesta quinta-feira (17), mais uma vez um pedido de abertura de processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). Foram 24 votos a 20.
O pedido foi protocolado na terça-feira (15) pelo PSOL com base na Operação Hades, do Ministério Público do Rio, que investiga um suposto “QG da Propina” na administração municipal.
Este é o quinto pedido de impeachment de Crivella rejeitado pelo Legislativo.
O Ministério Público do Rio aponta o prefeito como protagonista de uma estrutura de corrupção na Riotur, empresa de turismo do município.
Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro e correligionário do prefeito, votou contra a abertura do impeachment.
A votação se deu uma semana depois de a casa e o gabinete de Crivella serem alvo de operação de busca e apreensão a cargo do Ministério Público e da Polícia Civil.
QG da Propina de Crivella
A Operação Hades, realizada no dia 10, apreendeu o celular do prefeito Crivella e apura esquema de corrupção na Prefeitura.
As investigações, iniciadas no ano passado, partiram da colaboração premiada do doleiro Sérgio Mizrahy, preso pela Operação Câmbio, Desligo.
Segundo a delação, o operador do esquema era Rafael Alves. Rafael não possui cargo na prefeitura, mas tornou-se um dos homens de confiança de Crivella por ajudá-lo a viabilizar a doação de recursos na campanha de 2016.
Depois da eleição, o empresário emplacou o irmão na Riotur e, segundo o doleiro, montou um “QG da Propina”.
Mizrahy afirma que empresas que tinham interesse em fechar contratos ou tinham dinheiro para receber do município procuravam Rafael, com quem deixavam cheques. Em troca, ele intermediaria o fechamento de contratos ou o pagamento de valores que o poder municipal devia a elas.