
Os testes da vacina russa contra Covid-19, batizada de Sputnik-5, ainda não começaram no Brasil, informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta terça-feira (6). Enquanto isso, as “rivais” britânica e chinesa começaram a registrar resultados parciais de testes clínicos de estágio avançado.
Os Estados brasileiros do Paraná e da Bahia, que têm acordos de testes e produção ou distribuição da vacina da Rússia, ainda não entraram com os pedidos formais para seguir com os testes clínicos no Brasil, informou uma porta-voz da Anvisa. “Houve diversas reuniões, físicas e online, mas nenhum documento da vacina russa se materializou ainda”, disse ela à Reuters.
Leia também: Covid-19: Mundo supera marca de um milhão de mortos
O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), que está comercializando a Sputnik-5, divulgada pela Rússia como a primeira vacina registrada do mundo, não respondeu a um pedido de comentário.
Vacina concorrente
Enquanto isso, os testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, e de outra vacina em potencial da chinesa Sinovac Biotech, estão sendo realizados em vários locais, e dados iniciais estão sendo enviados à Anvisa. “Este ainda não é um pedido formal de registro destas vacinas. Só cogitaremos isso quando todos os documentos tiverem sido apresentados”, disse a porta-voz.
Para acelerar o procedimento, na semana passada a Anvisa iniciou um processo de apresentação contínua de documentos e de resultados iniciais para que eles possam ser estudados simultaneamente.
Leia também: OMS prevê vacina em massa só em 2022
Como tem o segundo surto de coronavírus mais letal do mundo, só perdendo para os Estados Unidos, o Brasil se tornou um campo de testes crucial para as vacinas em desenvolvimento.
Com informações da Reuters