
O celular de Márcia Aguiar, mulher de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flavio Bolsonaro (PL-RJ), foi devolvido pelo Ministério Público do Rio Janeiro (MP-RJ). O telefone foi apreendido durante as investigações das rachadinhas, que apuram a devolução de parte ou todo o salário dos assessores de Flavio, quando era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O celular de Márcia é umas principais provas do esquema de corrupção no gabinete do filho 01 de Jair Bolsonaro (PL).
Fabrício Queiroz é apontado como operador do esquema das rachadinhas no gabinete de Flávio Alerj.
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro começou a devolver os objetos apreendidos durante os dois anos de investigação do caso que mirou o filho 01 do presidente Bolsonaro, de acordo com a jornalista Bela Megale, do O Globo.
Foi graças ao celular de Márcia que os promotores chegaram ao paradeiro de Queiroz, em julho de 2020.
Ele foi preso no sítio do advogado do clã Bolsonaro, Frederick Wasseff, em Atibaia (SP).
Inicialmente, Queiroz passou uma semana atrás das grades. Depois, ele e Márcia passaram a cumprir prisão domiciliar.
Investigações das rachadinhas na estaca zero
A devolução dos objetos pelo MP ocorre três meses de o juiz Flávio Itabaiana, do Rio, ter suas decisões nas investigações anuladas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Leia também: “Rachadinha de Carlos Bolsonaro é ‘filial’ de esquema do pai”, diz Molon
Com a anulação, caíram também a autorização para apreender os celulares e usar as mensagens obtidas por meio deles.
De acordo com a jornalista, a avaliação dos integrantes do MP do Rio é que essas provas estão praticamente perdidas, pois mesmo que haja uma nova autorização para apreender os telefones, há a certeza de que as mensagens estarão apagadas.
Além disso, avaliam que as investigações correm o risco de não darem em nada. Após o foro privilegiado de Flavio Bolsonaro ser mantido, os procuradores acreditam que apenas a derrota eleitoral de Bolsonaro em outubro poderá fazer com que o caso ande.