
A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta terça-feira (06) a imediata remoção de postagens que veicularam fake news sobre o candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As notícias falsas afirmavam que Lula teria afirmado, em suposta entrevista, que compraria votos de eleitores baianos por R$ 10 e um sanduíche de pão com mortadela.
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A ministra concedeu liminar em uma representação ajuizada pela Coligação Brasil da Esperança, que tem Lula como candidato e Geraldo Alckmin (PSB) como candidato a vice-presidente. A ação apontava responsáveis por 7 perfis no YouTube e na rede social Kwai.
Os advogados da coligação conseguiram demonstrar que os links questionados trouxeram legenda e conteúdo com trecho editado e deturpado da fala original de Lula. Os vídeos misturam trechos de duas entrevistas diferentes para gerar um discurso que nunca existiu.
“Em verdade, jamais houve qualquer afirmação no sentido de se precificar o voto de determinado grupo ou de se confessar a prática de crime eleitoral, mas, apenas, discurso sobre inclusão e recuperação econômicas”, ressaltou a ministra na liminar.
“O caso, portanto, é de grave descontextualizacão discursiva que subverteu e desvirtuou por completo o conteúdo da mensagem divulgada, com aptidão para induzir os eleitores e as eleitoras a erro”, acrescentou.
Os escritórios Aragão e Ferraro Advogados e Zanin Martins Advogados divulgaram nota à imprensa sobre a vitória da chapa Lula-Alckmin.
Na segunda-feira (05), a ministra Maria Claudia Bucchianeri já havia determinado que o Twitter apagasse a fake news envolvendo Lula e Suzane Von Richthofen.
Os conteúdos informavam que Lula, supostamente, estaria abraçado a Suzane, são forjados e já foram desmentidos outras vezes por agências de checagem como Boatos.org e Fato ou Fake.