
A ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou neste sábado (15) que as redes sociais apaguem um vídeo com fake news publicado pelo senador Flávio Bolsonaro e replicado pelo deputado Eduardo Bolsonaro e pelo vereador Carlos Bolsonaro. Outros 22 perfis da rede bolsonarista propagaram a mesma desinformação, de forma coordenada, associando o ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva a ações criminosas.
A rede bolsonarista trocou a palavra “asfalto” pelo termo “assalto” na legenda de um vídeo que mostra o ex-presidente Lula falando sobre a necessidade de ajudar a população que não tem acesso a carro.
A fala original de Lula era:
“Uma grande rodovia é muito importante para quem tem carro. E para o povo que anda a pé? Será que um asfaltozinho na rua que ele mora não é melhor, não é imprescindível?”
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“O objetivo era propagar na Internet a falsa informação de que o ex-presidente defende a ideia de que a população merece ser assaltada. Originalmente, a fala fazia alusão à necessidade de asfalto para a população que não tem acesso a veículos”, apontam os advogados da Coligação Brasil da Esperança, da chapa Lula/Alckmin. A decisão da ministra Cármen Lúcia foi concedida após a Coligação entrar com ação junto ao TSE.
As redes Twitter, Instagram, Facebook, TikTok e Kwai têm 24 horas para remover a fake news ou será aplicada multa no valor de R$ 50 mil.
“Verifica-se que as publicações impugnadas transmitem desinformação e sugerem situações gravemente descontextualizadas, prejudiciais à integridade do próprio processo eleitoral, bem como à honra e à imagem do candidato (Lula) ao cargo de presidente da República”, escreveu a ministra, em sua decisão.
A Coligação Brasil da Esperança, que tem como candidato o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é formada pelos partidos PT, PV, PCdoB, PSOL, REDE, PSB, Solidariedade, Avante, Agir e Pros.