
Após ser banido das principais plataformas de redes sociais do mundo, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou nesta terça-feira (4) a própria plataforma de comunicação. “From The Desk of Donald J. Trump“, em português “Da escrivaninha de Donald J. Trump”, é hospedada no site do republicano e afirma ser livre, apesar de refletir apenas a opinião do bilionário.
Lançada após o ex-presidente anunciar que estava preparando uma rede social própria para lidar com o banimento, a ferramenta permite que ele publique atualizações, como declarações, vídeos e fotos – assim como fazia nas demais redes, com a diferença que a rede não permite interações e nem publicações de outras pessoas além dele mesmo.
“Em um momento de silêncio e mentiras, um farol de liberdade surge. Um lugar para se expressar de forma livre e segura”, é o que diz o vídeo de apresentação da plataforma.
Entre as publicações já presentes na rede social própria, Trump faz campanha para aliados políticos como Susan Wright, concorrente ao Congresso pelo Estado do Texas. O republicano também retoma as acusações de que as eleições de 2020 teriam sido fraudulentas. Como em uma publicação feita na segunda-feira (3), dizendo que “As Eleições Presidenciais Fraudulentas de 2020 serão conhecidas, deste dia em diante, como A GRANDE MENTIRA!”.
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Reação à posse de Joe Biden provocou banimento
O Facebook suspendeu a conta de Trump após os distúrbios promovidos por grupos de extrema-direita no Capitólio no dia 6 de janeiro. Os incidentes antecederam (e tentaram impedir) a posse do democrata Joe Biden como presidente dos Estados Unidos. Posteriormente, a plataforma encaminhou essa decisão ao conselho, um órgão independente que tem o poder de reverter as decisões de conteúdo do Facebook e estabelecer precedentes para a empresa.
O Twitter também baniu o ex-presidente pela mesma razão. À época, o microblog disse que estava suspendendo Trump permanentemente “devido ao risco de mais incitamento à violência.
Antes da aplicação das medidas mais rígidas, o Twitter já havia bloqueado temporariamente a conta do republicano após vários tweets que, segundo a rede social, contribuíram para um risco elevado de violência.
Essas medidas somam-se à decisão do YouTube de iniciar a emissão de penalidades ao canal de vídeos do ex-presidente.
Nova decisão mantém Trump banido
O conselho do Facebook decidiu nesta quarta-feira (5) que o ex-presidente deve continuar impedido de usar a plataforma. O movimento confirma a decisão da empresa de suspensão da conta em janeiro, após os distúrbios no Capitólio dos Estados Unidos. No entanto, o conselho disse que o Facebook deve revisar a decisão dentro de seis meses.
A decisão também se aplica ao Instagram, de propriedade do Facebook, onde Trump também tem uma conta. Trump tem quase 60 milhões de seguidores no Facebook e Instagram.
Com informações de CNN Internacional e Revista Fórum