
Horas antes de deixar o cargo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu o indulto presidencial ao seu ex-assessor e ideólogo da extrema direita americana Steve Bannon, e outros 70 aliados. No total, 143 pessoas foram beneficiadas pela leva final de indultos.
Além de Bannon, Elliot Broidy, um doador da campanha do republicano que confessou ter conspirado para violar leis estrangeiras sobre lobby político, também entrou para a lista. O republicano, no entanto, não concederá perdão a seu advogado, Rudy Giuliani, ou aos seus familiares.
Bannon, o muro contra o México e a família Bolsonaro
Estrategista da campanha de Trump em 2016 e do governo norte-americano após a vitória, Bannon foi indiciado e preso em agosto de 2020, acusado de desviar dinheiro de uma campanha de apoio à construção de um muro na fronteira com o México. Ele foi solto após pagar fiança de US$ 5 milhões e aguardava o julgamento.
Bannon também é próximo da família Bolsonaro. Ele criou um projeto chamado “O Movimento”, para unir líderes populistas de direita pelo mundo, e nomeou o deputado federal Eduardo Bolsonaro como seu representante no Brasil.
Segundo o The New York Times, assessores de Trump passaram o dia tentando demovê-lo da ideia de conceder o perdão a Bannon. O jornal diz ainda que o republicano conversou diretamente com seu maior aliado por telefone nesta terça-feira (19).
O perdão a Bannon é uma das últimas ações do republicano na Presidência. Nesta quarta-feira (20), o democrata Joe Biden tomará posse após derrotar Trump nas eleições de novembro.
Com informações da Folha de S. Paulo
1 comentário