
Por unanimidade, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) decidiu tornar o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que pretende tentar a reeleição, inelegível até 2026. A sessão nessa quinta-feira (24) foi a continuação do julgamento iniciado na segunda (21). O chefe do Executivo municipal é acusado de abuso de poder e prática de conduta vedada.
Um dos eventos analisados foi a participação de funcionários da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) em um encontro de apoio a seu filho, Marcelo Hodges Crivella, que concorria a deputado federal, mas não se elegeu. O prefeito também terá que pagar uma multa no valor de R$ 106 mil.
Também foi julgado um encontro chamado Café da Comunhão, que reuniu líderes evangélicos em julho de 2018 no Palácio da Cidade. Nesta reunião, Crivella deu orientações específicas a pastores que tivessem problemas envolvendo o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em seus templos. Além disso, ele exaltou o então pré-candidato a deputado federal pelo PRB (atual Republicanos) Rubens Teixeira, que foi eleito suplente.
Em nota, Crivella diz que vai recorrer da condenação e que estuda um pedido de anulação da votação. Ele pode levar o caso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto isso, adversários podem tentar impugnar sua candidatura, já que pela decisão do TRE afirma que o prefeito está inapto para a disputa deste ano.
Nota da prefeitura
“O prefeito Marcelo Crivella vai recorrer da decisão, e estuda um pedido de anulação da votação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), visto que um dos desembargadores, Gustavo Alves Pinto Teixeira, votou, mas é, ao mesmo tempo, advogado da Lamsa – a concessionária contra a qual o prefeito luta na Justiça para pôr fim ao preço exorbitante do pedágio na Linha Amarela. O advogado Gustavo Teixeira havia se declarado impedido de votar, mas mudou de posição, apesar do conflito de interesses entre a sua cliente, Lamsa, e o prefeito. Cabe destacar que o prefeito Crivella não está, de forma alguma, impedido de disputar as eleições, e vai concorrer à reeleição”