Touro de Ouro da B3 é considerado publicidade irregular e deverá ser removido

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), decidiu remover o “Touro de Ouro”, que fica em frente à B3 (Bolsa de Valores) de São Paulo, por entender que a escultura configura peça publicitária irregular. 

A irregularidade é passível de multa, a ser determinada pela Subprefeitura da Sé. A comissão é o órgão da prefeitura responsável por fiscalizar intervenções na paisagem urbana que possam interferir na Lei Cidade Limpa e é composto por representantes da sociedade e do município. O debate central sobre a peça tratou do caráter da obra, se é cultural –e, portanto de interesse público– ou uma peça publicitária. A conclusão foi que trata-se de publicidade e que foi instalada sem a devida autorização do órgão.

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Ao avaliar a instalação, membros da CPPU criticaram a associação da obra ao seu idealizador, o sócio da XP e presidente da empresa de educação financeira Vai Tourinho, Pablo Spyer. Ele também é apresentador da rádio Jovem Pan.

Resposta da Bolsa de Valores

A B3 inaugurou na última terça-feira (16) a escultura que faz alusão à estátua do Touro de Wall Street, em Nova York, nos Estados Unidos —conforme destaca o próprio processo de solicitação para a realização da intervenção, segundo informou a CPPU na reunião desta terça.

O autor da obra instalada no centro paulistano, o arquiteto Rafael Brancatelli, afirma, porém, que a sua obra não copia a peça americana, que é de bronze e se chama “Charging Bull”, que significa touro em investida ou touro que ataca.

A B3 informou, em nota, que a escultura Touro de Ouro possui autorizações vigentes dos órgãos municipais para sua instalação, requisitadas pela empresa Dmaisb Arquitetura e Construção, uma das integrantes do projeto. A B3 ainda afirmou que a obra possui “a autorização do Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal da Cultura para exposição em logradouro público, como evento temporário, durante o período de 1/10/2021 a 31/12/2021”.

O arquiteto Rafaell Brancatelli, que é o responsável pela Dmaisb, disse que não poderia comentar o assunto nesta terça-feira (23).

Com informações da Folha de São Paulo