
Nesta terça (23), a deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD) foi afastada do Congresso Nacional por determinação da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A decisão, unânime — três desembargadores votaram favoravelmente —, ainda será submetida ao Plenário da Câmara dos Deputados, como determina a Constituição.
Flordelis só será afastada se não puder contar com o apoio de metade dos colegas parlamentares. A deputada é ré, acusada de ser a mandante do assassinato do pastor Anderson do Carmo, com quem era casada.
O desembargador Celso Ferreira Filho, relator do processo, acatou parecer do Ministério Público, alegando que há “uma gama de circunstâncias estranhas” e situações concretas que poderiam atrapalhar “a busca pela verdade” na atuação da deputada.
Esquivas de Flordelis
Tanto a procuradora de Justiça, Maria Christina Pasquinelli Bacha de Almeida, quanto o advogado que representa a família de Anderson, Ângelo Máximo, sustentaram durante a audiência que Flordelis fazia uso da máquina e da função pública para se esquivar da responsabilidade de ser mandante do crime, aproveitando-se da imunidade parlamentar. Flordelis tem frequentado o Congresso Nacional com uso de tornozeleira eletrônica.
Para muitos deputados federais, a sua presença no Congresso arranha a imagem da instituição, principalmente depois que o plenário votou favoravelmente à manutenção da prisão de Daniel Silveira (PSL-RJ), depois de ele ter feito ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Com informações do jornal O Globo