
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado realiza nesta quarta (1º) a sabatina do ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele concorre à cadeira de Marco Aurélio Mello, que se aposentou. Mendonça foi indicado em 14 de julho, mas teve o processo travado por mais de quatro meses pelo presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Mendonça é o candidato “terrivelmente evangélico” que Bolsonaro havia prometido indicar para o Supremo.
O presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), abriu a sessão para a sabatinar o ex-advogado-geral da União e ex-ministro da Justiça André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
A sabatina acontece mais de quatro meses após a indicação de Jair Bolsonaro. O principal motivo é a resistência de Alcolumbre, que entrou em rota de colisão com o Palácio do Planalto.
Além de toda a polêmica que envolve o perfil de Mendonça, a sua sabatina se tornou uma disputa de poder entre o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM), a quem cabe agendar a convocação, e o Palácio do Planalto.
Ao chegar para o Senado, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que Mendonça deve ter entre 20 e 21 votos na CCJ –é necessário maioria simples dos 27 membros para ser aprovado.
No entanto, Bezerra evitou dar uma perspectiva para a votação em plenário, onde senadores afirmam que a situação está dividida.
A relatora da indicação, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), afirmou que o fato de Mendonça ser evangélico não pode se sobrepor à análise de suas capacidades técnicas.
“A expectativa é que nós possamos fazer uma avaliação técnica. A gente não pode fazer uma avaliação ideológica, que é o que tentaram colocar nos últimos tempos. E é isso que a gente vai focar no nosso debate de agora”, disse.
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Com informações da Folha de S. Paulo