
A boa notícia tem base na pesquisa por telefone sobre doenças crônicas e fatores de risco (Vigitel 2019), apresentada pelo Ministério da Saúde na sexta-feira (29). A pesquisa revela que nos últimos 14 anos o tabagismo caiu, saindo de 14,1% em 2006 para 9,8% em 2019, acumulando uma queda de 37,6% no período.
Por outro lado, na faixa dos 45 aos 54 anos, o percentual relacionado a esse fator de risco atingiu seu maior patamar: 52%.
A Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2019), mapeou a ocorrência de doenças crônicas no país de 2006 a 2020.
A mais comum foi a hipertensão arterial, identificada em 24,5% dos entrevistados. Nas pessoas com 65 anos ou mais, este diagnóstico chegou a 59,3%. Apesar disso, desde 2006 o índice vem se mantendo estável.
“Como todos sabem as doenças crônicas são um dos principais fatores de risco para o agravamento de casos de coronavíruas, por isso essa pesquisa é importante”, destacou Eduardo Macário, diretor do Departamento de Analise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis do Ministério da Saúde.
Obesidade e diabetes
De acordo com a Vigitel, a obesidade saiu de 11,8% (2006) para seu maior percentual em 14 anos, 20,3%. A faixa com maior prevalência desta condição foi entre 45 e 54 anos (24,5%).
Já a silenciosa diabetes foi identificada em 7,4% dos entrevistado, sendo que em 2006 esse índice era de 5,5%. Um aumento de 35% no período. Ela teve prevalência maior nas pessoas com 65 anos ou mais (23%) e na população de menor escolaridade (0 a 8 anos de estudo) (14,8%).
Vigitel covid-19
As saídas de casa durante o isolamento, incômodos e cuidados com higiene também foram aferidos em outro eixo das entrevistas. A Vigitel covid-19 entrevistou duas mil pessoas entre 25 de abril e 5 de maio no país.
Entre os ouvidos, 87,1% relataram ter saído de casa pelo menos uma semana. O índice foi maior no Sul, Sudeste e Centro-Oeste (89,6%) do que no Norte e Nordeste (82,3%). No recorte por idade, essa prática foi mais comum entre pessoas com menos de 50 anos (89,5%) do que nas com idade acima (82,6%).
Em relação aos cuidados, as mulheres informaram higienizar mais as mãos frequentemente (88,6%) do que os homens (80,2%).
A compra de alimentos (75,3%) e idas ao trabalho (45%) estão entre os principais motivos para sair de casa.
Entre os relatos de incômodos durante a quarentena, foram relatados: dificuldade de dormir ou dormir mais do que de costume (41,7%), falta de apetite ou comendo demais (38,7%), sentir-se para baixo ou deprimido (32,6%) e sentir-se cansado ou com pouca energia (30,7%).
Com informações da Agência Brasil
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