
O Brasil dispõe de supercomputadores que podem auxiliar a comunidade científica nas pesquisas para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Essas máquinas superpotentes podem ser utilizadas para fazer simulações, por exemplo, da velocidade de evolução dos contágios do Covid-19.
O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE-UFRJ) e o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) anunciaram uma parceria com a SCALAC, gigante do setor de tecnologia, e passaram a disponibilizar, gratuitamente, o uso dos recursos de processamento de dados de seus supercomputadores para pesquisas em busca da solução para a pandemia de Covid-19
Os interessados em utilizar os recursos dos supercomputadores brasileiros devem preencher dois documentos: Submissão de Propostas e Formulário de Proposta.
Diante de uma doença que se espalha rapidamente, os cientistas e pesquisadores podem criar milhares de modelos em supercomputadores para entender melhor a epidemia, caracterizar o vírus e elaborar potenciais vacinas e tratamentos.
“Os supercomputadores podem ajudar a fazer a simulação de um modelo de como a pandemia se alastra. A gente sabe que é exponencial, mas como? Esses equipamentos servem para fazer modelos de hipóteses. Por exemplo, se a contaminação se der pelas periferias das grandes cidades, vai se alastrar mais rápido do que se ocorrer a partir dos centros? Se a entrada da contaminação for a partir de uma determinada região do país seria pior do que se fosse por outra? Então, esses supercomputadores conseguem fazer uma simulação para poder prever como o alastramento da epidemia vai ser comportar”.
Rômulo Luiz Oliveira da Silva
Mestre em matemática aplicada e doutorando em ciência da computação
Cérebros e tecnologia contra a pandemia
Nos Estados Unidos acaba de ser criado o Consórcio de Computação de Alto Desempenho (HPC, na sigla em inglês), que reúne empresas como IBM, Microsoft e Google, universidades e laboratórios. A parceria surgiu para fornecer a cientistas e pesquisadores recursos de supercomputação enquanto tentam descobrir como combater a pandemia do Covid-19.
Os organizadores do novo consórcio fornecerão 16 sistemas de supercomputação aos pesquisadores, além de uma comunidade para se engajar na luta em conjunto.
O consórcio dispõe de supercomputadores da IBM, Amazon, Google e Microsoft. Integram o grupo o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Instituto Politécnico Rensselaer; além dos Laboratórios Nacionais do Departamento de Energia, Lawrence Livermore, Oak Ridge, Los Alamos, NASA e National Science Foundation.