
A Polen é uma startup que nasceu em junho deste ano com o propósito de conectar fãs e seus artistas favoritos. Para isso, lançou uma ferramenta em que é possível comprar uma mensagem customizada em vídeo da celebridade de seu interesse. A proposta ganhou o apoio da Globo Ventures e do apresentador Luciano Huck, que investiram no negócio. Só que agora, a empresa se prepara para ir além deste produto.
Sobhan Daliry, fundador da Polen, conversou com PEGN sobre os próximos passos da companhia. “Enquanto empresa de tecnologia, percebemos que somos uma fábrica de ferramentas”, diz o empreendedor. Na estruturação de um modelo que ultrapassa a barreira do vídeo-mensagem, Daliry conta que a startup tem pensado em outras formas de entregar emoção para os seus clientes. O fundador define a Polen, inclusive, como uma “emotiontech”.
Emotiontech
Nesse balaio, entram pelo menos três tipos de ações. “Descobrimos que existem muitas formas de emocionar alguém.” A primeira iniciativa são os vídeo-autógrafos. Uma ação será realizada em parceria com o lançamento do novo livro de Luciano Huck, em que a startup por meio da editora oferecerá um número limitado de vídeo-autógrafos para os fãs interessados. Assim, a pessoa recebe o livro e a mensagem em vídeo do autor. Para avançar no novo produto, a Polen já tem um acordo com a Companhia das Letras, para que o serviço possa ser usado nos próximos lançamentos da editora.
A segunda novidade será um tipo de curso em vídeo, inspirado no modelo “MasterClass”. No fomato, celebridades usarão a plataforma para vender cursos rápidos e acessíveis (a menos de R$ 100), conta o empreendedor. Um curso com um humorista, no formato de transmissão ao vivo, sobre criação de persona e criatividade, já está em desenvolvimento, diz Daliry. “A ideia é trazer pessoas relevantes sobre determinados temas”, afirma.
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Startup quer trabalhar B2B
Por fim, a startup se prepara para trabalhar com esquema B2B, ajudando empresas na conexão com artistas e celebridades. “Aqui, o objetivo é auxiliar a marca a emocionar seu cliente, não necessariamente a vender mais.” Como exemplo, Daliry diz que a Polen quer se posicionar de forma que marcas médias consigam acessar o marketing de influência com mais facilidade e estrutura. O projeto-piloto rodou com uma startup de mobilidade que precisava do contato de cinco famosos para a realização de uma campanha. “Viabilizamos a campanha completa em 48 horas”, diz.
“Tem muita pequena e média empresa que pode usar a influência a seu favor. Só que isso é caro e demorado”, conta o empreendedor. Outro ponto, reforça Daliry, é que os vídeos da Polen não são voltados para o marketing tradicional, de venda de produtos. “Buscamos passar uma mensagem mais genuína, no contexto da emoção.”
Com 15 pessoas no time e objetivo de dobrar a equipe até o final do ano, a Polen tem desafios que acompanham os novos produtos. Entre eles, expandir rapidamente, contratando pessoas para melhorar a operação. Tecnologicamente, a questão do pagamento também está no horizonte da empresa. Em breve, diz Daliry, a startup deve lançar uma carteira digital própria de pagamento, a fim de trazer mais eficiência para a compra e a venda de soluções na plataforma. “Temos desafios de uma fintech à frente.”
Com informações da PEGN