
O governo de Jair Bolsonaro (PL) desprezou a ajuda humanitária oferecida pela Argentina para a Bahia, que sofre com as fortes chuvas que já deixou 24 pessoas mortas e mais de 400 feridos.
O governo da Argentina ofereceu ajuda especializada para auxiliar no atendimento das demandas decorrentes da tragédia que assola a Bahia.
Bolsonaro, que tem como preocupação não interromper as suas férias no litoral de Santa Catarina, alegou que não há necessidade de receber ajuda do país vizinho.
As autoridades argentinas haviam disponibilizado equipes com vasta experiência na gestão deste tipo de evento.
De imediato, poderiam ser enviados profissionais especializados em água e saneamento, logística, além de recepção, classificação e armazenamento de doações que garantam sua correta distribuição. Somado a isso, atenção psicossocial aos desabrigados e desalojados.
Por conta disso, o deputado Aliel Machado (PSB-PR) quer explicações do Ministério de Relações Exteriores sobre mais esse absurdo do atual ocupante do Planalto, que curte férias em Santa Catarina.
Os deputados socialistas reagiram em peso à falta de humanidade de Bolsonaro.
A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) afirma que Bolsonaro só pensa nele e em sua “seita”.
O líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), classificou a atitude de “irresponsável e arrogante”.
O líder da Minoria, deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) critica a atitude “mesquinha” de Bolsonaro.
Para Bira do Pindaré (MA), que assume a liderança do PSB em 2022, a negativa “é mais um ato de crueldade” promovido por Bolsonaro.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), que enviou equipes do Corpo de Bombeiros para auxiliar as tropas na Bahia, bem como para os municípios maranhenses atingidos pelas chuvas, afirmou que a atitude de Bolsonaro é “absolutamente vil e repugnante”.
Os outros governadores socialistas – Paulo Câmara (PE) e Renato Casagrande (ES) – também disponibilizaram auxílio às vítimas das enchentes na Bahia.
Para o governador baiano Rui Costa (PT), que aceitou a oferta argentina e pediu agilidade ao Ministério das Relações Exteriores na aprovação da ajuda, Bolsonaro demonstra “desprezo pela vida humana”.