
Pelo menos três lanchas foram atingidas no sábado (8) por um talude que se desprendeu dos cânions de Capitólio, no sul do estado de Minas Gerais. A tragédia deixou pelo menos 10 mortos. O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), se solidarizou com a família das vítimas.
O ex-governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), lamentou o ocorrido nas redes sociais.
O deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) expressou seu pesar pelas vidas perdidas nessa tragédia.
Investigações
A discussão acerca da responsabilização sobre as prevenções que estudou ter sido recuperada para evitar o risco a visitantes no local onde parte de um cânion desabou sobre lanchas no Lago de Furnas, em Capitólio, continua em aberto.
Enquanto representantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e prefeitura têm imputado a responsabilidade à Marinha do Brasil sobre o controle da exploração turística da área, a prevenção de desabamentos tem sido objeto de esquiva das autoridades.
Polícia, Bombeiros e Defesa Civil mineiros afirmam ser necessário esperar as investigações, enquanto a Marinha não se pronunciou. O prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo da Silva (PP-MG), admite que não foi feito nenhum tipo de acompanhamento geológico no ponto turístico.
– Estamos fazendo um trabalho desde o ano passado sobre trombas d’água, para mobilizar os empresários, os turistas, para que ficassem atentos a elas. Queda de paredão nunca registrada. É uma injustiça querer cobrar isso. Foi uma fatalidade – disse o prefeito.
Cristiano Silva também disse, em entrevista à Globonews, que não há uma norma que impeça como lanchas de estar naquele local, próximo do paredão, e adicionado que é proibido que os barcos atraquem no cânion para que banhistas entrem na água. Segundo ele, há pontos específicos para mergulho, onde há bares flutuantes.
O último dia de buscas deve ser realizado hoje. A operação tem participação de cerca de 50 militares, com 11 mergulhadores experientes. As buscas contam com o apoio de quatro lanchas e três motos aquáticas, além de outras sete viaturas.
Segundo os bombeiros, 27 pessoas já foram atendidas em unidades de saúde e liberadas.
– Devemos continuar a última varredura em busca de todos os corpos que consigamos localizar – disse o coronel dos bombeiros Giuvaine Barbosa de Moraes.