
Os socialistas reagiram imediatamente à mais nova ameaça do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que pretende promover um desfile com tanques de guerra, em Brasília, nesta terça-feira (10), dia da votação da PEC do Voto Impresso pelo plenário da Câmara. O “desfile” do arsenal das Forças Armadas foi considerado como tentativa de intimidação aos parlamentares, que já rejeitaram o projeto na comissão especial.
O governador do Maranhão Flávio Dino (PSB) ressaltou que o comboio é uma “provocação e tem cara de ameaça”.
Bolsonaro vai aguardar a chegada dos tanques e blindados de guerra no Palácio do Planalto, prevista para 8h30. Os generais vão entregar a Bolsonaro e ao ministro da Defesa, Walter Braga Netto, convites para a demonstração operativa da Operação Formosa, que ocorre anualmente, mas nunca contou com essa demonstração pública de força no meio de Brasília.
O que para o líder da Oposição Alessandro Molon (PSB-RJ) confirma que o “país está sob ameaça”.
Molon também anunciou, nesta terça, que vai apresentar novo pedido de impeachment contra Bolsonaro. O motivo são os constantes atentados ao livre exercício dos poderes, ameaças às eleições e ao Judiciário.
Para o líder da Minoria Marcelo Freixo (PSB-RJ) Bolsonaro “mais uma vez rebaixa as Forças Armadas ao papel de milícia presidencial”.
O deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) observou que a “provocação enfraquece os presidentes da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e do Senado Federal Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Bolsonaro usa Forças Armadas
A Demonstração Operativa ocorrerá no dia 16 de agosto, no Campo de Instrução de Formosa (CIF). Os blindados da Marinha realizarão um treinamento em Formosa. Este ano, a operação contará também com a participação do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira.
Segundo a Marinha, pela manhã, o comboio com veículos blindados, armamentos e outros meios da Força de Fuzileiros da Esquadra, que partiu do Rio de Janeiro, passará por Brasília a caminho do Campo.
A corporação destaca que a Operação Formosa tem o objetivo de assegurar o preparo do Corpo de Fuzileiros Navais como força estratégica, de pronto emprego e de caráter anfíbio e expedicionário, conforme previsto na Estratégia Nacional de Defesa.
Com informações da Revista Fórum e Correio Braziliense