
Parlamentares socialistas estão mobilizados nas redes sociais contra o descaso do governo Bolsonaro perante a crise energética que se instala no Brasil. Eles participam de tuitaço que levanta a hashtag #energiaparatodos nesta quarta-feira (31).
O líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), declarou que “a cada aumento na conta de luz, mais brasileiros são condenados à exclusão”. Molon ressaltou que “o governo Bolsonaro leva o país a um ciclo de destruição de direitos e oportunidades”.
O líder da Minoria na Câmara, Marcelo Freixo (PSB-RJ), aderiu ao tuitaço e frisou em seu post que “o Brasil de Bolsonaro é o país em que o povo passa fome à luz de velas”.
O perfil PSB na Câmara também participou do tuitaço #EnergiaParaTodos. Em um dos tuites, o perfil socialista pontuou que a crise energética não é motivada somente pela ausencia de chuvas, e sim, “resultado da má gestão do governo de Bolsonaro na área da energia”.
“Qual o problema que a energia vai ficar um pouco mais cara?”
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que se no ano passado, em meio à pandemia, o país se organizou e atravessou a crise, não há motivo para ter medo agora. “Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos?”, questionou.
“Se no ano passado, que era o caos, nós nos organizamos e atravessamos, por que nós vamos ter medo agora? Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos? Ou o problema agora é que está tendo uma exacerbação porque anteciparam as eleições… Tudo bem, vamos tapar o ouvido, vamos atravessar. Todo dia você olha para o jornal e está dizendo que vai pegar fogo o Brasil, que agora vai explodir tudo”.
Paulo Guedes
O ministro ainda admitiu que “isso vai causar perturbação, empurra a inflação um pouco para cima”, mas ressaltou que a “economia está bombando”.
“A economia está ‘bombando’ e continua a narrativa de que o governo não faz nada”.
Paulo Guedes
“Transferência de riqueza”
No mesmo evento, Guedes ainda classificou o auxilio emergencial, aprovado pelo Congresso durante a pandemia, como “transferência de riqueza”, que fez com que as famílias se sentissem “ricas” e até comprassem casa com o benefício.
“Você sai de R$ 60 para R$ 600. Uma família sai de R$ 180 para R$ 1.800. Isso não é mais uma transferência de renda, isso é uma transferência de riqueza”, disse Guedes, ignorando que o benefício foi usado para comprar comida.
Leia também: Bolsonaro: alta da energia é resultado da crise “ideológica” nos reservatórios
“A família se sentiu rica. Comprava material de construção, ampliaram a sua casa, uns compraram a casa própria, compraram geladeira. Foram ao supermercado e melhoraram a pauta alimentar. Um resultado espetacular, foi muito bom ver isso”, emendou.