
“Se acha que o Exército está comendo muito bem e você não, aliste-se. Sirva a sua pátria e coma bem no Exército”. Foi assim que a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), uma das aliadas mais fieis de Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu os gastos bilionários do governo com a compra de diversos itens alimentícios, que oneraram os cofres públicos em R$ 1,8 bilhão em 2020.
Divulgada pelo Portal Metrópoles no último domingo (24), a lista inclui gastos de cerca de R% 15 milhões para a compra de leite condensado.
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No Twitter, a bolsonarista afirmou que os produtos foram direcionados às Forças Armadas, eventos, comunidades carentes e até operações de acolhida na divisa entre o Brasil e a Venezuela.
Contudo, Zambelli em sua onisciência governamental, não soube justificar a destinação de verba pública para aquisição de chiclete e leite condensado ou mesmo a razão para que o governo tenha decidido pagar R$ 162 pelo valor unitário de cada lata da iguaria, normalmente vendida a R$ 5 nos mercados do país.
Confira o vídeo completo:
A verdade pra vocês, sempre. pic.twitter.com/Um9elnj0tr
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) January 27, 2021
Do mesmo modo, Zambelli não ousou explicar, por exemplo, os R$ 6 milhões, apenas em combustível, gastos em uma “simulação de guerra” na fronteira com a Venezuela em 2020.
Solução mirabolante
Em uma versão bolsonarista do “se não têm pão, comam brioches”, a parlamentar, que teve o privilégio de matricular o filho sem a necessidade de concurso em uma concorrida escola militar, sublimou os diversos privilégios oferecidos aos militares em um país onde 10,3 milhões de pessoas não possuem acesso regular à alimentação básica, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em um momento de clareza e como resposta à sociedade, a deputada propôs uma mirabolante solução para os milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza: “Sirva à pátria e coma bem no exército”.
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