
Em entrevista ao jornalista Marcelo de Moraes, do jornal O Estado de S. Paulo, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira defendeu a recuperação do papel do Estado sem confronto com o setor privado. Leia a íntegra da matéria publicada na terça-feira (26) no Broadcast Político, plataforma de análises e notícias exclusivas do veículo.
Siqueira defende recuperação do papel do Estado sem confronto com setor privado
Marcelo de Moraes, O Estado de S. Paulo
Um dos responsáveis pela construção da aliança com o PT em torno da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, avalia que será preciso recuperar o papel do Estado como indutor da economia, em caso de vitória eleitoral. Mas, em entrevista ao Jogo Político, Siqueira defendeu que isso seja feito sem confronto com a atuação da iniciativa privada.
“Do ponto de vista da economia, o que precisa recuperar no Brasil é o papel do Estado. Porque as políticas que foram implantadas, até esse momento, que foram anunciadas como salvadoras, dizendo que o País voltaria a crescer e empregar, nada disso ocorreu depois de quatro anos. Isso é um fracasso e, além de tudo, se perdeu o controle da inflação”, critica Siqueira.
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“Precisa recuperar o papel do Estado não em confronto com a iniciativa privada. Mas convivendo harmonicamente, cada um exercendo o seu papel”, ressalta Siqueira.
“Por exemplo, o Estado precisa investir fortemente em infraestrutura. Porque se não fizer isso, obedecendo a um projeto nacional de desenvolvimento, você também não carreia investimentos privados. São políticas complementares e não contraditórias”, cita.
“Também temos que criar segurança jurídica necessária para os investimentos nacionais e internacionais”, acrescenta. “E criar uma política fiscal capaz de dar um mínimo de segurança aos investidores”, diz.
Na avaliação de Siqueira “o projeto de Lula não pode ser apenas a repetição do que já foi”.
“Porque, se a nossa aliança for vencedora, vai pegar o País em condições muito diferentes, tanto do ponto de vista político quanto econômico. E do ponto de vista social numa situação gravíssima. É preciso pensar grande, pensar alto e com uma certa ousadia. E aproveitar a campanha para anunciar novas políticas, novos objetivos. Precisamos pensar um novo momento para o País”, defende o presidente do PSB.
Por PSB Nacional