
Servidores do Supremo Tribunal Federal (STF) saíram em defesa do médico Marco Polo Freitas, exonerado do cargo de secretário de serviços integrados de saúde da Corte no último domingo (27) pelo presidente da Casa, Luiz Fux. De acordo com colegas de Freitas, não partiu dele o pedido por vacinas contra a Covid-19 enviado à Fiocruz.
Na estrutura da Casa, a função seria de algum superior hierárquico de Freitas, como Edmundo Veras, diretor-geral da Corte que assinou o pedido e que segue na função.
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O STF esteve no centro de uma polêmica iniciada no último dia 22 de dezembro depois de um pedido de reserva de 7 mil doses da vacina que ainda estava em processo de aprovação para imunizar servidores do tribunal e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vir à tona, furando a fila de prioridades da vacinação.
Em entrevista à CNN Brasil na manhã de ontem, Fux disse que foi criticado por uma decisão que não autorizou e sobre a qual não havia sido informado. “É muito ruim isso”, afirmou. Fux afirmou à emissora que foi Marco Polo quem telefonou para a Fiocruz em nome do STF. A exoneração do médico foi publicada no domingo e passou a ter validade na segunda-feira (28).
A reserva chegou a ser negada pela Fiocruz, que informou não ter autonomia “nem para dedicar parte da produção” para a imunização de seus próprios servidores. Em nota, a instituição também informou que todas as vacinas serão destinadas ao Ministério da Saúde.
Freitas ocupava o cargo desde 2014, é servidor concursado e, portanto, retomará atividades no STF em janeiro, sem receber o adicional de função. Procurado, ele não respondeu a questionamentos feitos pela imprensa.
Com informações da Folha de S.Paulo