
Com a extinção dos órgãos, o presidente da Fundação Palmares se torna responsável pelas atribuições das áreas
Nesta terça-feira (10) o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, extinguiu sete órgãos da instituição. Com a decisão, ele se torna responsável pelas atribuições destas áreas, antes tomadas em conjunto. Segundo a Carta Capital, Camargo justificou que estaria tirando “esquerdistas” do governo.
Foram extintos o Comitê Gestor do Parque Memorial Quilombo dos Palmares, a Comissão Permanente de Tomada de Contas Especial, o Comitê de Governança, o Comitê de Dados Abertos, a Comissão Gestora do Plano de Gestão de Logística Sustentável, a Comissão Especial de Inventário e de Desfazimento de Bens e o Comitê de Segurança da Informação.
A portaria, publicada no Diário Oficial da União, também exonera funcionários dessas comissões. Há duas semanas, após ter sua nomeação liberada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), Camargo havia demitido dois diretores e dois coordenadores da fundação.
Com a ampliação de seus poderes na instituição para demonstração de força e totalitarismo, Camargo novamente toma decisões polêmicas. No ano passado, o militante anti-movimento negro declarou que a escravatura foi benéfica para os descendentes dos escravizados e que não há racismo no Brasil.
Lideranças de movimentos negros se manifestaram nas redes sociais contra as decisões tomadas por Camargo, em especial ao que diz respeito ao Parque Memorial Quilombo dos Palmares. Segundo o Coletivo AfroCaeté, o Comitê Gestor do Parque era composto por “membros de perfis diversos e por líderes alagoanos da religião de matriz africana para quem o solo, as águas, o ar de Palmares são sagrados”, escrevem.
Com informações da Carta Capital e G1.