
Socialistas aprovaram requerimento na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (5), para convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, a dar explicações sobre a Dreadnought International, empresa que mantém nas Ilhas Britânicas Virgens, famoso paraíso fiscal. Convite similar foi também foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, hoje.
Líder da Oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ) defendeu que Guedes seja convocado à Câmara para dar explicações sobre os investimentos no exterior.
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O requerimento aprovado no Senado é para convite, ou seja, Guedes não será obrigado a comparecer ao colegiado à sessão que será marcada para 19 de outubro. Também foi convidado o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Inicialmente, senadores de oposição pediam a convocação de Guedes e Campos Neto. Após pedido de governistas, no entanto, a solicitação foi convertida em convite.
Já na Câmara, na noite de segunda-feira (4), parlamentares do PSB e de outros partidos de Oposição aproveitaram a sessão do Plenário desta para cobrar explicações do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a revelação de que ele é sócio de uma offshore nas ilhas Virgens Britânicas.
Socialistas cobram explicações
A existência da offshore foi revelada neste domingo numa apuração jornalística realizada e publicada conjuntamente por diversos veículos da imprensa. As investigações mostraram que Guedes pode ter lucrado R$ 14 milhões com a valorização do dólar apenas durante o seu mandato a frente da pasta.
Líder da Minoria, Marcelo Freixo (PSB-RJ) explicou que as atividades no mercado financeiro pelo ministro da Economia exigem apuração especial por parte do Legislativo e também nos órgãos oficiais.
Camilo Capiberibe (PSB-AP) ressaltou que as informações divulgadas pela investigação jornalística impactam todo o governo federal.
Em nota, o Ministério da Economia afirmou que a participação de Guedes na empresa offshore foi declarada à Receita Federal. “Toda a atuação privada do Ministro Paulo Guedes, anterior à investidura no cargo de ministro, foi devidamente declarada à Receita Federal, à Comissão de Ética Pública e aos demais órgãos competentes, o que inclui a sua participação societária na empresa mencionada. As informações foram prestadas no momento da posse, no início do governo, em 2019”, diz o comunicado.
Com informações da Agência Câmara de Notícias