Os partidos que compõem a ampla aliança em torno da candidatura do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), estão estruturando o eixo de segurança pública e a necessária valorização dos policiais que nortearão a campanha.
O texto, que pode ser finalizado ainda nesta terça-feira (14), incorpora as sugestões apresentadas pelo PSB e passam pela integração das forças com governos estaduais e municipais, com a estruturação de um Sistema Único de Segurança Pública, investimentos na modernização das instituições, das carreias e dos mecanismos de fiscalização da atividade policial.
“A integração com governos estaduais e municipais, o foco na priorização da vida, no controle de armas, em inteligência policial, em tecnologia de ponta e na valorização profissional dos policiais nortearão nossas ações, que enfrentarão a violência, a corrupção, a lavagem de dinheiro, as movimentações financeiras e a rede de negócios ilegais dos grupos armados organizados”, enfatiza o trecho.
Melhorias nos processos seletivos e defesa dos direitos humanos dos policiais também devem fazer parte do documento.
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O documento está em fase de elaboração conjunta com todos os partidos da aliança: PT, PSB , PV, PCdoB, Solidariedade, Rede e PSOL.
Após a finalização, o documento será analisado por Lula e Alckmin. A expectativa é que a versão final seja apresentada na próxima semana pelas pré-candidatos.
Documento interativo
Os partidos da coligação Vamos Juntos pelo Brasil tem feito diversas reuniões de trabalho para a elaboração do programa de governo da chapa. Quando o documento que reúna todas as contribuições dos partidos for aprovado, será divulgado em plataforma digital e interativa. A expectativa é isso aconteça ainda em junho.
Há alguns dias, o documento que contava apenas com as contribuições do PT foram vazadas e não representam a proposta conjunta dos sete partidos que formam a frente de esquerda. Por isso, eles seguem na elaboração conjunta das propostas.
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Caminho à esquerda
Eles querem reforço no diálogo com as categorias policiais para que as demandas sejam incluídas no plano de governo.
O vereador Leonel Radde (PT-RS), de Porto Alegre, é ex-policial civil e participou de um encontro com Lula com policiais, no final de maio.
O temor de Radde é que se esses profissionais não forem tratados como as demais categorias do funcionalismo público, a insubordinação seja um desafio real em um governo de esquerda.
Com informações do O Globo