
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que caso o Congresso Nacional derrube o veto dele no PL que prevê a distribuição gratuita de absorventes higiênicos, ele irá “tirar o dinheiro da Educação e da Saúde” para custear a ação. A declaração foi feita neste domingo (10), em entrevista no Guarujá, no litoral de São Paulo.
A decisão de vetar a distribuição gratuita dos itens de higiene foi publicada na edição de quinta-feira (7) do “Diário Oficial da União”. Bolsonaro, que causou comoção nacional com a recusa, argumenta que o texto do projeto não estabeleceu fonte de custeio sendo, portanto, inconstitucional. Segundo o presidente, a despesa causada pela distribuição dos absorventes higiênicos poderá ser maior do que R$ 100 milhões.
“Ela colocou em distribuição gratuita, mas não é uma cegonha que vai levar a todo mundo”, disse Bolsonaro. “Se o Congresso derrubar o veto do absorvente eu vou tirar dinheiro da saúde e da educação, tem que tirar de algum lugar”.
Além de falar sobre a distribuição de absorventes, ainda durante a entrevista, Bolsonaro criticou a CPI da Covid e as medidas restritivas adotadas pelos governadores durante a pandemia, alegando que as medidas restritivas, como a de isolamento social, impactaram negativamente a economia e estimularam a inflação.
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O presidente também voltou a levantar dúvidas sobre a eficácia das vacinas contra a Covid-19, além de argumentar a favor do uso de remédios para o tratamento precoce da doença.
O presidente Jair Bolsonaro chegou na noite desta sexta-feira (8) em Guarujá, no litoral de São Paulo, para passar o feriado prolongado de Nossa Senhora Aparecida na cidade. Antes de ir para o litoral, o presidente esteve em Campinas, também em São Paulo (SP), para participar de uma feira de nióbio e inaugurar estruturas do Sirius, superlaboratório que funciona como uma espécie de “raio-X superpotente” que analisa diversos tipos de materiais em escalas de átomos e moléculas.
No sábado (9), ele saiu de carro e entrou na balsa de veículos na travessia entre Santos e Guarujá, onde tirou fotos com apoiadores. Em Santos, ele seguiu para Peruíbe, município localizado a cerca de 113 km de Guarujá. Em Peruíbe, Bolsonaro foi até a feira montada em frente a rodoviária da cidade. A chegada do presidente provocou aglomerações no local. Bolsonaro foi multado em R$ 500 pela Prefeitura, devido à falta de uso de máscara em espaço público.
Com informações do G1