
O Ministério da Saúde admitiu a falta de medicamentos para a entubação de pacientes graves infectados pela Covid-19.
Em nota, a pasta afirmou que está trabalhando junto aos Conselhos Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e que “o objetivo é normalizar o mais breve possível os estoques de anestésicos e relaxantes musculares nos hospitais”.
Ainda no fim de junho, hospitais públicos e privados do país já haviam denunciado a falta dos medicamentos. A denúncia chegou à Câmara de entidades de saúde emitirem comunicados a respeito do tema.
Relatório do Conass
Divulgado em 27 de junho, um relatório do Conass apresentava o resultado do mapeamento feito nos estoques de unidades de saúde dos estados e já havia apontado situação de desabastecimento de alguns produtos e risco de falta de outros nos próximos dias.
O levantamento focou na investigação acerca dos remédios usados em unidades de terapia intensiva (UTIs), estruturas fundamentais para atendimento a pacientes, especialmente no cenário em que a demanda aumenta com vários leitos sendo ocupados por pacientes que evoluíram para quadros graves da Covid-19.
Entre os medicamentos cuja escassez foi apontada estavam sedativos, anestésicos, bloqueadores neuromusculares e substâncias utilizadas na sedação e entubação de pacientes. As unidades verificadas eram aquelas listadas nos planos de contingência de cada estado, podendo ser tanto públicas quanto privadas.
Garantia na Câmara
Diante do aumento de denúncias sobre a escassez de sedativos em meio à pandemia do novo coronavírus, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, chegou a garantir a deputados, no dia 1º de julho, que a pasta estava realizando a compra do excedente da produção de sedativos diretamente da indústria para abastecer hospitais do país.
Medicamentos do Uruguai
Nesta segunda (20), o Ministério da Saúde informou que comprou de empresas uruguaias um total de 54.867 unidades de medicamentos usados no auxílio da intubação de pacientes em UTI.
A compra foi feita na última sexta-feira (18) e entregue pelos militares das Forças Armadas às secretarias de Saúde do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que estavam com os estoques de medicamentos baixos.
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