
O ex-secretário-executivo da Casa Civil, José Vicente Santini, está de volta à Esplanada dos Ministérios. Em portaria publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (16), Santini foi nomeado para o cargo de assessor especial do ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles. Ele retorna ao poder público com um salário de R$ 13.623,39.
A nomeação ocorre oito meses após a demissão do ex-secretário da Casa Civil, motivado por um escândalo envolvendo o uso da máquina pública, ao usar um jato da Força Aérea Brasileira (FAB) para uma viagem para a Índia.
Na ocasião, Santini foi demitido pelo próprio Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente comentou que, apesar de não ferir legalmente nenhuma lei, a viagem feita pelo então secretário-executivo era condenável. “O que ele fez não é ilegal, mas é completamente imoral”, afirmou, à época de sua demissão.
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No mesmo dia em que foi publicada sua demissão, Santini foi readmitido na Casa Civil como assessor especial de relacionamento externo do ministério, após pressão dos filhos de Bolsonaro. Ele é amigo de infância do filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A volta do secretário-executivo – com um salário maior que o seu anterior – gerou mal estar na base de apoio do governo, que precisou demiti-lo, novamente, no dia seguinte.
O Conselho de Ética da Presidência da República, que analisou o caso, decidiu pelo arquivamento do processo no início de julho. O órgão teve posicionamento similar ao do Tribunal de Contas da União (TCU), que entendeu que Santini, na condição de ministro substituto, poderia fazer uso do jato durante o trecho.
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