
Acabou o prazo para o registro de candidatos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e com isso, foi dada a largada na corrida pelas vagas disponíveis nas eleições 2022. Começou nesta segunda-feira (16) a campanha eleitoral para os cargos de deputado estadual/distrital, deputado federal, senador, governador e presidente da República. Todos já começaram a divulgar seus números pela internet e pedir votos. Mas o eleitor brasileiro sabe qual é o perfil padrão dos candidatos que concorrem nesse pleito eleitoral?
Segundo o site do TSE, os homens (13.557) ainda são a maioria, representando 67% dos candidatos, e quase 50% dos concorrentes se classificam como brancos (9.215), entre 45 e 49 anos (4.674), casados (9.806) e com ensino superior completo (10.723).
Já no que diz sobre a ocupação dos candidatos, 23,69% são empresários (3.605), 7,24% são advogados (2.046) e 5,4% são policiais militares (822). Mas a grande maioria, cerca de 4.953 candidatos (32,54%) classificou sua ocupação como “outros”.
Ao traçar esse perfil, percebemos que os candidatos são bem parecidos aos que concorreram ao pleito anterior, em 2018. O cenário político continua constituído por pessoas que tem as mesmas características e o Brasil continua refém da “velha política”, feita pelos mesmos atores. Porém em alguns aspectos, o cenário eleitoral tem ensaiado uma leve mudança que precisa ser cada vez mais aprimorada.
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Os números do TSE revelam uma mudança no perfil dos candidatos, especificamente nos que concorrem às vagas de deputado estadual e federal. Em 2018, haviam 32% de mulheres e apenas 11% de candidatos negros. Para este ano, a base de dados do TSE mostra que pelo menos 35% das candidaturas registradas são de mulheres, e 14% são negros. Outra mudança significativa é no perfil da escolaridade dos candidatos. Entre os atuais registrados, 61% tem o ensino superior completo e, em 2018 esse número era de 54%.
A reforma eleitoral aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado adotou novas regras para incentivar a eleição de mulheres e negros para a Câmara dos Deputados. A partir da próxima eleição, os votos dados a estes grupos contarão em dobro para a distribuição do fundo eleitoral entre os partidos políticos.
É importante lembrar que as candidaturas ainda precisam ser aprovadas pelo TSE. A Justiça Eleitoral tem até o dia 12 de setembro para definir se está tudo certo com as candidaturas.