
Com o isolamento social como medida preventiva, é necessário permanecer em casa. Diante da reclusão causada pela crise do coronavírus (Sars-CoV-2), é normal que alguém sofra de angústia emocional. Entretanto, a situação pode se agravar em pessoas que possuem histórico ou convivem com a ansiedade.
Diversas pessoas se manifestaram nas redes sociais, relatando as dificuldades do isolamento social e ter que lidar com enxurradas de informações sobre a crise sanitária e econômica que estamos vivendo.
Segundo dados da Confederação de Saúde Mental da Espanha, 6,7% dos habitantes do país sofrem de transtornos de ansiedade. No Brasil, dados da Organização Mundial de Saúde mostram que 9,3% das pessoas conviviam com o transtorno em 2019.
Quando olhado por gênero, as mulheres com esses transtornos somam quase o dobro dos homens. Com auxílio do J. Carlos Baeza, psicólogo da Clínica de la Ansiedad, e Candela Molina, do Centro Psicológico CEPSIM, a ilustradora Sara Caballería criou um guia de como enfrentar a ansiedade dentro de casa. Confira:
Mantenha uma rotina, mas sem estresse
Inclua atividade que te anime: cozinhar algo gostoso, ligar para os amigos…

Estabeleça um momento para se preocupar
Dedique um momento diário a suas preocupações. Mas somente este momento. Tente fazer com que não monopolize seu tempo.

Respire
Exercícios de respiração diafragmática funcionam, assim como a meditação. Visualize um local que te transmita paz.

Evite o excesso de informação
Dedique um momento diário para se informar sobre a situação atual e tente se desconectar no restante do tempo

Fale com pessoas que te fazem se sentir bem
É complicado não acabar comentando algo sobre o coronavírus, mas tente não falar só disso.

Evite a sensação de que não podem te ajudar
Há muitos psicólogos que continuam atendendo de casa, até mesmo centros que estabeleceram ajuda gratuita. Você não está sozinho.

E se você sofrer um ataque de ansiedade…
- Tente não ficar obcecado com os sintomas.
- Tente se distrair.
- Lembre-se: vai passar.

O texto das ilustrações é Pablo Cantó e as fontes entrevistadas foram o J. Carlos Baeza, Psicólogo na Clínica de la Ansiedad; e Candela Molina, do Centro Psicológico CEPSIM.