
De acordo com pronunciamento da embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, as tropas russas estão a cerca de 32 km da segunda maior central nuclear da Ucrânia. A aproximação ocorre horas depois de militares do país occuparem a usina de Zaporíjia, a maior da Europa, em uma operação considerada inconsequente por lideranças de diversas partes do mundo.
Durante uma reunião de emergência convocada pelo Reino Unido, a embaixadora declarou que a comunidade internacional precisa agir de forma unânime para conter os avanços bélicos da Rússia. “O sr. Putin precisa parar com essa loucura, e parar isso agora. Mentes calmas precisam prevalecer. As forças russas estão agora a 20 milhas (32 km) da segunda maior instalação nuclear da Ucrânia. Então o risco iminente continua”, afirmou Thomas-Greenfield.
Cercada na quinta-feira, central nuclear de Zaporíjia é a maior da Europa e foi construída nos anos 1980, ainda durante a União Sovíética. Na ocasião os soldados russos trocaram tiros com forças ucranianas. “Pela graça de Deus, o mundo evitou, por pouco, uma catástrofe nuclear na noite passada. Todos nós seguramos a respiração enquanto acompanhávamos essa situação horrível acontecer em tempo real”, completou.
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Um incêndio foi reportado dentro da central, mas não ficou claro sobre a localização das chamas, o que levantou temores que os disparos pudessem ter danificado alguns dos reatores. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chegou a dizer que poderia ocorrer um desastre maior que o de 1986 em Chernobyl. No entanto, análises posteriores mostraram que o fogo estava localizado apenas em um prédio de treinamento. A central permanece sob controle dos russos.
Thomas-Greenfield destacou a importância de garantir o fornecimento de energia e proteger as centrais nucleares. “A Rússia precisa colocar fim a qualquer uso da força que possa colocar em risco todos os 15 reatores operacionais ao redor da Ucrânia, ou interferir com a capacidade da Ucrânia de manter a segurança e segurança de suas 37 instalações nucleares e as populações que vivem ao seu redor”, finalizou a embaixadora.