
A Rússia anunciou que o fornecimento de gás para a Finlândia será interrompido a partir deste sábado (21). A estatal finlandesa de energia Gasum disse ter sido informada que o corte terá início às 7 horas (horário local). Porém, garantiu que não haverá desabastecimento.
O anúncio da Rússia foi feito na mesma semana em que Finlândia e Suécia formalizaram suas candidaturas à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
A Gasum afirmou, no último dia 7, que não pagaria pelo produto em rublos, conforme exigência do presidente russo, Vladimir Putin, diante das sanções impostas ao seu país pela União Europeia.
Porém, a suspensão do fornecimento só foi confirmada após a candidatura da Finlândia à Otan.
“Nós nos preparamos com cuidado para essa situação e, desde que não haja interrupções na rede de transmissão de gás, seremos capazes de fornecer gás a todos os nossos clientes nos próximos meses”, afirmou o CEO da Gasum, Mika Wiljanen.
Leia também: Reflexos da guerra: Suécia e Finlândia devem entrar para OTAN
Ele também classificou o posicionamento russo como “lamentável”.
“A Gasum não aceita o pedido da Gazprom Export para mudar os pagamentos para rublos”, disse a estatal na ocasião. Com isso, a Finlândia se torna o terceiro país da União Europeia para o qual Moscou interrompe o fornecimento de gás natural, juntando-se a Bulgária e Polônia.
Ameaças russas
Na segunda-feira (16), a Rússia voltou a fazer ameaças contra o ingresso da Finlândia e da Suécia na Otan. Putin afirmou que a expansão da aliança militar na região exigirá reação de seu país.
Durante reunião com a Organização do Tratado Coletivo de Segurança (CSTO), entidade liderada pela Rússia, ele reafirmou que a expansão da Otan, com o ingresso dos países nórdicos na aliança, é um problema para Moscou.
O vice-ministro do Exterior, Seguei Ryabkov, fez ameaças duras e classificou de “erro grave de consequências abrangentes”.
“O nível geral das tensões militares vai aumentar. É lamentável que o bom senso esteja sendo sacrificado por ideias fantasmagóricas sobre o que deve ser feito na atual situação. Eles não devem ter ilusões de que nós vamos simplesmente tolerar isso”, ameaçou Ryabkov, de acordo com agências de notícias russas.
Com informações do Opera Mundi