
Rodrigo Rollemberg tem uma longa trajetória política. Está no PSB desde o início, foi governador do Distrito Federal, senador, deputado federal e distrital. Durante o XV Congresso Nacional do PSB, em Brasília, ele afirmou que a esquerda tem que estar preparada para enfrentar as eleições deste ano, que a depender do bolsonarismo, tem tudo para se transformar em confronto fora das urnas.
Por isso, ele defende que é necessário muito diálogo para mostrar para a população que nós já fomos diferentes e temos tudo para voltar ao caminho da busca pela igualdade no país.
“Devemos estar muito unidos e preparados para não aceitar provocações. Temo que seja uma eleição muito violenta por parte de quem não tem argumentos”, pondera ao Socialismo Criativo.
Pré-candidato à deputado federal, Rollemberg analisa que é possível garantir alimentos baratos, fortalecer a agricultura familiar e democratizar o meio urbano e rural.
“Com toda riqueza e diversidade que o Brasil tem, precisamos voltar a ser um país alegre e reconhecido como a potência criativa que é. Enquanto tiver um brasileiro com fome, todos temos que nos unir para garantir q as desigualdades sociais sejam reduzidas ao máximo”, defende.
O ex-governador defende a necessidade de unificar o campo político em torno de pactos nacionais que possibilitem que o Brasil retome o caminho do desenvolvimento social e econômico.
“Primeiro, a defesa e o fortalecimento da democracia em nosso país. Temos um presidente que sistematicamente tenta degradar as nossas instituições em busca do autoritarismo. No Congresso Nacional, temos a banalização de crimes de corrupção com o orçamento secreto, além do processo de retorno da pobreza extrema, com a inflação disparando e é mais cruel com quem ganha pouco”, pontua.
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Absurdo no DF
Ao lembrar das conquistas de sua gestão à frente do governo do DF, como o fim do segundo maior lixão do mundo, que ficava a apenas 20 minutos do centro de Brasília e era um exemplo da desigualdade social gritante da capital do país, Rollemberg observa a diferença com o atual governo.
“Acabamos com o segundo maior lixão do mundo e fizemos com q os catadores possam trabalhar em centros de triagem, com equipamentos de proteção individual e recebendo do Estado por esse serviço ambiental de separação do resíduo, que prestam. O que vemos no DF é o retorno da corrupção. No momento de maior dificuldade da população brasileira, que tem mais de 600 mil mortos pela covid, toda a cúpula da Saúde do DF foi presa por desvio de dinheiro”, critica.
Autorreforma
Ao se referir a Autorreforma, Rollemberg observa que o PSB reconhece o esgotamento do sistema político-partidário e agiu para dar o exemplo.
E, conforme aprovado pelos socialistas na Autorreforma, ele acredita que um caminho importante a seguir é no fortalecimento da produção nacional, a partir do conceito da Revolução 4.0.
“Os partidos precisam rever seus processos democráticos internos e, ao mesmo tempo, ampliar sua visão de mundo em função de todas as mudanças que as novas tecnologias trouxeram para a vida das pessoas e, também, ao ambiente político”, analisa.