
Nesta terça-feira (17), o PT confirmou que apoiará o candidato do DEM, Eduardo Paes, no segundo turno das eleições para a prefeitura do Rio de Janeiro. A candidata do partido, Benedita da Silva, terminou a corrida em quarto lugar, com 11,27% dos votos.
“Segundo turno é para votar contra, não a favor. E decidimos não ao Crivella”, declarou Washington Quaquá, vice-presidente nacional do partido.
Quaquá, cacique do partido no Rio, já havia defendido um apoio crítico a Paes e antecipado a probabilidade de “99%” do apoio ocorrer.
Apoio a progressistas
Ainda durante a tarde, a executiva nacional da legenda decidiu que fortaleceria “o campo de oposição democrática e popular” e que derrotaria “as candidaturas de Bolsonaro”. A direção nacional, no entanto, determinou que a deliberação de apoio “a candidatos que disputam o segundo turno em partidos que estejam fora de alianças” da legenda deveria ocorrer pela Executiva Municipal.
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Horas depois, o PT Rio orientou a militância do partido ao voto contra Crivella. “Consideramos que derrotar Crivella e Bolsonaro é a prioridade” e que esperava que “Eduardo Paes, eleito, cumpra suas promessas eleitorais”.
“Apoio crítico” do PSOL
Principal nome do PSOL no estado, o deputado federal Marcelo Freixo defendeu na segunda o “apoio crítico” do partido a Paes. Em declaração à colunista Berenice Seara, do Extra, Freixo afirmou que o assunto será discutido na legenda, mas que acredita que o PSOL não vai se omitir.
“Isso não significa apoio ao que representa o Eduardo. O PSOL tem que fazer oposição a ele na Câmara, tem que fazer a sua agenda e cobrar do prefeito o cumprimento de cada item. Mas, neste momento, existe uma coisa mais urgente. O Rio tem que derrotar Crivella”, afirmou Freixo.
PDT: “boa sorte pro povo brasileiro”
Já o PDT, da delegada Martha Rocha, informou que não dará apoio a nenhum dos candidatos no segundo turno. O partido também não deixará que nenhum militante use a sigla para apoiar uma das candidaturas e não dará autorização para negociações de cargo na próxima gestão.
“Vou propor ao partido que a gente não apoie ninguém. O partido não deixará que nenhum militante seu use a sigla, bandeira, história do partido para apoiar qualquer candidatura. Ninguém do PDT pode negociar cargo e terá autorização do partido para qualquer cargo. Quem o fizer, fará por conta própria a escolha do caminho, porque o nosso caminho é estar ao lado da nossa causa. Reconhecemos o resultado e desejamos boa sorte pro povo brasileiro, para o carioca principalmente, que tenha lucidez no voto. Mas nenhum dos dois merecem que estejamos no palanque”, anunciou Carlos Lupi, presidente nacional do PDT.
Com informações do jornal O Globo