
A notícia de que o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, testou positivo para o novo coronavírus virou o assunto mais comentado na manhã desta quarta-feira (18) nas redes sociais. Heleno, que integrou a comitiva que acompanhou Bolsonaro em viagem aos Estados Unidos , é a 16ª pessoa da equipe a ser confirmada com a doença.
Heleno esteve com Bolsonaro ao menos três vezes desde o último dia 11 de março, quando o primeiro membro da comitiva, o chefe da Secretaria Especial de Comunicação, Fabio Wajngarten, foi diagnosticado com o vírus. Neste mesmo dia e ao menos duas vezes nesta última terça-feira (17).
Na web, foram muitos os comentários levantando suspeitas quanto ao presidente estar omitindo informações sobre seu real quadro de saúde. Depois do anúncio do ministro, internautas conhecidos e anônimos voltaram a questionar Bolsonaro e a pedir contraprovas de seus exames.
Mito
“Bolsonaro é mito!!! 16 pessoas da sua comitiva foram infectadas: da advogada ao principal conselheiro, Augusto Heleno, e ele não?? Domingo apertou mãos, tirou selfies, falou em histeria, e, como esperado, começa a ter inveja do Mandetta”, questionou o deputado federal, Gastão Vieira (PROS-MA).
A jornalista Bárbara Gancia também indagou se o presidente estaria sonegando informações.
“O teste do homúnculo general Heleno foi confirmado: deu positivo. Estranhamente, da turma toda, só o capitão não tem o COVID-19. Será q isso tem a ver com o fato de que se Bolsonaro por ventura testasse positivo nestes dias, ele seria passível de acusação de homicídio doloso?”.
Já o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) acusou o Planalto de ser o maior propagador do vírus. “A Presidência da República é o maior foco de disseminação da epidemia”, declarou.
Impactos
Nesta quarta, muitos deputados voltaram a criticar a demora e o desinvestimento sofrido pela saúde pública no país.
João Campos, do PSB-PE, afirmou que lamenta a postura presidencial diante da crise e que o sucateamento do Sistema Único de Saúde impactará a vida dos mais pobres.
“Infelizmente, a precariedade do presidente e do governo em áreas relevantes, que já existe há tempos, só será percebida agora por uma parcela da população. Não estou falando em colocar a responsabilidade da crise global do coronavírus na conta do governo federal. Estou falando principalmente da forma como esse governo reage diante da crise. Sem desmerecer nenhuma criança, as atitudes do presidente são completamente infantis”, comentou.