
Por Plinio Teodoro
Relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL) disse nesta sexta-feira (1º) que usará mensagens de Whatsapp do celular de Jair Bolsonaro (sem partido) para denunciar o presidente no relatório final da CPI.
“As mensagens enviadas por Bolsonaro à sua lista de contatos disseminando fake news sobre a vacina da Pfizer constará no relatório, como também constarão outras postagens e declarações do presidente para desincentivar a vacinação. Bolsonaro será responsabilizado por disseminar fake news e desincentivar a vacinação”, afirmou Renan a Paulo Capelli, no jornal O Globo.
Segundo Renan, Bolsonaro dava o início às campanhas de informação que eram disseminadas nas redes bolsonaristas.
“Tudo começava a partir da atuação do presidente, que fazia as postagens e, depois, era seguido pelo gabinete do ódio, por sites bolsonaristas”, disse.
Renan foi aconselhado por consultores legislativos a propor o indiciamento de Bolsonaro por incitação ao crime por descumprimento de medida sanitária.
O relator afirmou, no entanto, que antes de incluir essa tipificação penal no parecer, vai consultar a opinião dos demais integrantes da comissão parlamentar de inquérito.
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Nesta quinta-feira (30), o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), estipulou o dia 20 de outubro como data para votação do relatório final da CPI.
A próxima semana será a ultima a ouvir depoimentos de testemunhas e investigados. A cúpula do CPI quer ouvir o dono da empresa VTCLog na próxima terça-feira (5); um dos médicos que fizeram denúncias contra a Prevent Senior, na quarta-feira (6); e um representante da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).