
O Reino Unido iniciou nesta terça-feira (8) o maior programa de vacinação de sua história, e se tornou o primeiro país a iniciar a aplicação em massa do imunizante contra a Covid-19 desenvolvido pela farmacêutica Pfizer em parceria com a empresa alemã Biontech.
De acordo com informações da Deutsche Welle Brasil, as primeiras doses da vacina – que foi amplamente testada e examinada por fontes independentes – estão sendo aplicadas em pessoas com mais de 80 anos de idade, funcionários de casas de repouso e profissionais da saúde e assistentes sociais que atuam na linha de frente do combate à doença.
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A inglesa Margaret Keenan, que completará 91 anos na próxima semana, foi a primeira pessoa a receber umas das 800 mil doses disponíveis para a primeira fase de vacinação. O Reino Unido espera ter outras 4 milhões de doses à disposição até final de dezembro.
O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, celebrou o momento histórico e chamou esta terça-feira de Dia V – uma referência ao Dia da Vitória da Segunda Guerra Mundial. As autoridades, porém, pediram paciência à população e que as pessoas aguardem para que primeiro os mais vulneráveis recebam as doses da vacina.
As equipes médicas vão entrar em contato com seus pacientes e agendar as consultas, mas a maioria terá de esperar até o próximo ano, uma vez que a expansão do programa de vacinação ocorrerá apenas quando houver imunizantes em quantidade suficiente.
Maratona pela frente
As 800 mil doses iniciais são apenas uma fração do total necessário para o país. O governo quer vacinar em torno de 25 milhões de pessoas, ou seja, aproximadamente 40% da população, ainda na primeira fase.
Após imunizar os mais vulneráveis, o programa será ampliado para faixas etárias diferentes, começando pelos mais velhos. Os estoques serão distribuídos inicialmente para 50 centros hospitalares e, posteriormente, fornecidos para outros hospitais.
À frente na corrida
Mesmo assim, o Reino Unido largou na frente, após as agências reguladoras do país concederem autorização para a vacina da Pfizer e Biontech em caráter de emergência, no dia 2 de dezembro.
As autoridades da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos também avaliam a eficácia do imunizante, assim como os produzidos pelo laboratório americano Moderna e pela colaboração entre a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, entre outros.
No último sábado, a Rússia iniciou um programa de vacinação para milhares de médicos, professores e outras categorias utilizando a vacina Sputnik V, produzida no país. O programa russo é visto de modo diferenciado, uma vez que o governo autorizou sua aplicação em meados deste ano após testar o imunizante em apenas algumas dezenas de pessoas.
O Reino Unido é o país europeu com mais mortos em decorrência do novo coronavírus, com mais de 61 mil óbitos. O país já registrou mais de 1,7 milhão de casos da doença.
Com informações da Deutsche Welle Brasil