
Nesta terça (2), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que com a retomada dos trabalhos após as eleições na Câmara e no Senado e a vitória do “queridinho” de Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL), as reformas fiscais estão perto de serem votadas.
“Eu acho que estamos muito perto agora de começar a colocar parte da agenda que está no Congresso para votar”, afirmou durante evento virtual promovido pela The Economist. “Acho que é um grande desafio, mas acho que temos condições de, passando as eleições do Congresso agora, de começar a atacar esses problemas”, completou.
Prioridade é a vacina
Campos Neto ainda reforçou sua avaliação de que a partir de agora a rápida vacinação é mais importante do que a criação ou reformas de novos estímulos fiscais. Assim como adiantado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do BC também defendeu a prioridade da vacina para os idosos.
“Quando olhamos para os micro dados, ao vacinar as pessoas mais velhas, o número de pessoas indo para hospitais e morrendo cai dramaticamente”, argumentou.
Na estimativa dele, com doses suficientes, o Brasil tem capacidade de vacinar milhões de pessoas por dia.
“Achamos que a vacinação é a luz no fim do túnel, mas temos essas novas cepas, então, mesmo com a vacinação, ainda temos um nível de incerteza”, ponderou. Segundo Campos Neto, como os estudos ainda não são sólidos, é importante para o Banco Central entender para onde essa incerteza vai caminhar.
Vitória de Lira (e de Bolsonaro)
O deputado Arthur Lira (PP-AL) é o novo presidente da Câmara dos Deputados. Eleito por 302 votos no primeiro turno do pleito, o candidato indicado por Bolsonaro estará no comando da Casa Legislativa pelos próximos dois anos, até 2023. O segundo colocado, Baleia Rossi (MDB-SP) obteve apenas 145 votos.
A vitória de Lira ocorre em meio a denúncias de compras de votos pelo Planalto, recorde de repasses de emendas parlamentares e negociações de postos de comando no governo bolsonarista. Ocorre, ainda, após o governo obter outra conquista política, com a vitória de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o comando do Senado na tarde da segunda.
Com informações da Folha de S. Paulo
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