Os investigadores também suspeitam que o ex-assessor possa ter pago o plano de saúde da família de Flávio Bolsonaro

Em pedido de prisão feito pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ), Fabrício Queiroz é acusado e pagar contas pessoais do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Os investigadores dizem ter provas de que o ex-assessor quitou mensalidades escolares das filhas do senador e suspeitam que ele possa ter pago o plano de saúde da família de Flávio.
A Operação Anjo investiga centenas de transferências bancárias e depósitos em dinheiro, de abril de 2007 a dezembro de 2018, na conta de Queiroz. Ao todo, o ex-assessor e ex-motorista do filho do presidente recebeu R$ 2,039 milhões – 69% desse total em espécie – e sacou R$ 2,9 milhões.
“O investigado também transferia parte dos recursos para o patrimônio familiar do ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro mediante depósitos bancários que ocorriam de forma fracionada e pagamentos de despesas pessoais do ex-deputado”, diz o MP.
Escola e plano de saúde
Os promotores afirmam que Queiroz pagou, em outubro de 2018, duas mensalidades escolares das filhas do senador – de R$ 3.382,27 e R$ 3.560,28, pois não há nas contas de Flávio e sua mulher saques correspondentes aos pagamentos.
As investigações apontam o equivalente a 53 mensalidades escolares em descoberto, cujos “boletos bancários (foram) pagos com dinheiro em espécie não provenientes das contas bancárias do casal”.
O mesmo foi detectado nos pagamentos do plano de saúde da família. Segundo os investigadores, o casal pagou R$ 117,3 mil em planos de saúde, mas só R$ 8,9 mil saíram de suas contas. A diferença entre os débitos nas contas do casal foi de R$ 108,4 mil, quantia equivalente a 63 boletos bancários pagos em espécie de origem “alheia aos rendimentos lícitos”.