
No processo para se tornar o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga já demonstra que será uma versão 2.0 de Eduardo Pazuello, servindo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e não à população. Segundo coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, o médico pretende ir aos hospitais para conferir se as pessoas estão mesmo morrendo de Covid-19.
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No início da pandemia, em março de 2020, o presidente questionou a veracidade dos números das mortes divulgadas e citou a possibilidade de os estados brasileiros estarem fraudando a causa dos óbitos para fazer “uso político” da questão. Na quinta-feira (18), Bolsonaro voltou a duvidar das mortes e da superlotação nas UTIs:
“Parece que só morre de Covid. Você pega, você pode ver… Os hospitais estão com 90% das UTIs ocupadas. Quantos são de Covid e quantos são de outras enfermidades?”, afirmou durante live semanal.
Numa espécie de blitz encomendada pelo presidente, Queiroga iria visitar os hospitais para conferir pessoalmente se as UTIs estão lotadas.
Resposta
Em reposta a coluna, o médico negou a informação e afirmou que conhece de perto a realidade dos hospitais públicos. No seu currículo, no entanto, não há qualquer experiência com o Sistema Único de Saúde (SUS). “Em nenhum momento informei que faria visitas para conferir a lotação dos hospitais. Como profissional que atende pacientes com Covid-19, conheço de perto a realidade do sistema de saúde”, afirmou em nota.
O colunista Lauro Jardim ainda afirma que Queiroga tem se mostrado preocupado com a vacina de Oxford, a que a Fiocruz está produzindo. Disse que a suspensão de sua aplicação em diversos países europeus deve ser acompanhada com muita atenção. O cardiologista confirmou, mas ressaltou que é apenas um procedimento comum.
“Sobre a vacina Astrazeneca/Oxford, possuímos uma farmacovigilância muito bem estruturada pela Anvisa para garantir a qualidade e segurança do imunizante oferecido para a população”
Com informações do jornal O Globo