por: Lillian Bento Postado em: 15/05/2022 - 08:49 Atualizado em: 15/05/2022 - 11:58
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, João Doria, enviou neste sábado (14) uma carta ao presidente nacional do partido, Bruno Araújo, em que chamou de “tentativa de golpe” a contratação de uma pesquisa para definir candidatura única da terceira via ao Palácio do Planalto.
Logo após receber a carta, Araújo convocou para a próxima terça-feira (17) uma reunião ampliada da Executiva Nacional da sigla com a presença das bancadas do partido na Câmara e no Senado.
“Apesar de termos vencido legitimamente as prévias, as tentativas de golpe continuaram acontecendo”, escreveu Doria no documento, de acordo com a CNN.
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Os resultados do levantamento que vai orientar a definição de uma chapa única do chamado centro democrático serão divulgados na quarta-feira (18).
A pesquisa é de responsabilidade do Instituto Guimarães Pesquisa e Planejamento e vai levar em consideração critérios de pesquisa qualitativa e quantitativa.
No comunicado enviado para a reunião, Araújo disse que as negociações com o Cidadania e o MDB em torno de uma candidatura única tiveram “notória anuência” de Dória e que a contratação da pesquisa foi referendada pela Executiva do partido.
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“O Brasil vive um momento grave de nossa história em que o PSDB e outros partidos do centro democrático têm a obrigação de oferecer uma alternativa à sociedade brasileira”, escreve o presidente nacional do PSDB.
Contrariando a afirmação de Araújo, Dória teria escrito na carta que os critérios estabelecidos para a definição como o a má colocação nas pesquisas eleitorais e altos índices de rejeição são “desculpas estapafúrdias”.
“Pesquisas de opinião refletem o momento e não podem servir de guia único para o voto do eleitor, muito menos podem servir para guiar os destinos do partido na eleição”, escreve Doria.
O documento também leva a assinatura de seu advogado, Arthur Rollo. Doria diz não concordar com a realização do levantamento e afirma que a medida “não passa de subterfúgio para abandonar as diretrizes já, soberana e democraticamente, definidas pelos filiados nas prévias do partido”.
O ex-governador de São Paulo reiterou que segue à disposição do PSDB para a “formação de projetos com outras agremiações”. Porém reafirmou não abrir mão “da posição de protagonista do projeto nacional do nosso partido”.
Doria também diz considerar “tapetão” qualquer decisão diferentemente do resultado das prévias a ser tomada pela Executiva Nacional”.
