
Na mesma reunião desta sexta-feira (11) em que o Diretório Nacional do PSB decidiu por unanimidade vetar apoio ao candidato do governo Bolsonaro na disputa à presidência da Câmara, no caso Arthur Lira (PP-AL), foi decidido também que o partido terá candidatura própria à Presidência da República em 2022. Logo, essa história de jogar com o PDT na sucessão da Câmara não inclui, no pacote, um alinhamento automático a Ciro Gomes no futuro próximo.
“Entendo que a resolução mais importante da nossa longa reunião de sexta feira refere-se à candidatura própria a presidência da República porque tem um alcance muito maior”, afirmou o ex-deputado e presidente do Instituto Pensar, Domingos Leonelli.
Leonelli refletiu que a resolução sobre a Câmara dos Deputados é conjuntural e caminha de forma coerente ao bloco dos partido de esquerda.
“A outra tem a ver com a divulgação das nossas teses sobre economia criativa como eixo estratégico de desenvolvimento, Amazônia 4.0 revolução criativa na educação e outros temas da modernidade”, sublinhou.
O PSB possui hoje um poderoso arsenal político teórico e ideológico que vai colocar em discussão com a candidatura própria a presidente num futuro próximo.
As resoluções aprovadas no findar desta sexta-feira, por unanimidade de 80 a 0, refletem que as diretrizes do partido, hoje liderado por Carlos Siqueira, deverão nortear a bancada e militância a partir de uma uniformidade das decisões, a fim de que não reste dúvidas sobre o que for decidido e qual caminho deverá ser trilhado na busca da unidade do partido.
Bem verdade é que o martelo sobre uma eventual candidatura própria será dada apenas em 2021, com o avançar das negociações e diálogo com outros políticos em ascensão no campo progressista.