
O PSB decidiu retirar a pré-candidatura da professora Piedade Videira (PSB-AP) para concorrer ao governo do Amapá, nas eleições de outubro. O anúncio foi feito pelo presidente do partido no estado, o ex-governador João Capiberibe, em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (3), na capital Macapá.
Capiberibe disse que a decisão atendeu à direção nacional do PSB e tem como objetivo unificar as candidaturas progressistas em torno da chapa formada pelo ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), para concorrer à presidência e à vice, respectivamente.
A retirada da pré-candidatura de Piedade faz parte do trabalho para unir PSB, PT, PV, PCdoB, Rede e PSOL nas eleições desse ano.
“Semana que vem estaremos em São Paulo, discutindo essa unificação juntamente, com os representantes dos partidos”, afirmou Capiberibe durante o anúncio.
Ele adiantou que o partido vai apoiar o nome da oposição ao atual governo decidido em conjunto para concorrer em outubro.
Em todo o país, o PSB tem 13 pré-candidatos a governos estaduais. De acordo com Capiberibe, o intuito é reduzir o número para seis.
Mas, Piedade segue na disputa e será candidata a deputada estadual.
“Quero agradecer o carinho que fomos recebidos pelo povo do Amapá. Vamos continuar na luta”, garantiu ela.
Uma fonte socialista do Amapá disse ao Socialismo Criativo que há um grande esforço para construir a unidade no campo progressista, comprometido com a chapa Lula-Alckmin e com a derrota de Jair Bolsonaro (PL).
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Diálogos estão em curso com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), mas ainda não há uma resolução. Porém, o tempo está correndo e essa liderança ressalta que “se ficarmos divididos, perderemos o apoio da federação (PT/PCdoB/PV), que pode ir para o candidato do Solidariedade”.
A fonte explica que, nacionalmente, o Solidariedade reivindica o apoio da federação, da qual o PSB não faz parte, para o candidato do seu partido, o ex-prefeito de Macapá, Clécio, que” apoia a reeleição do senador Davi Alcolumbre (União) e não apoia explicitamente Lula e Alckmin, e tem o PL no seu campo de sustentação”, alertou ao se referir ao partido de Jair Bolsonaro.