
Representantes do PSB reagiram, nesta terça-feira (1º), ao anúncio do governo Bolsonaro de reduzir de R$ 600 para R$ 300 o pagamento do auxílio emergencial nos próximos quatro meses. O valor representa metade da quantia concedida nos primeiros cinco meses a trabalhadores informais que perderam renda em razão da pandemia do novo coronavírus.
Líder da bancada na Câmara, o deputado federal Alessandro Molon (RJ) destacou o empenho do Congresso na aprovação do benefício no início da crise sanitária e afirmou que o partido não compactuará com retrocessos. “O auxílio emergencial de R$ 600, aprovado pelo Congresso contra a vontade de Bolsonaro, evitou uma catástrofe econômica e humanitária ainda maior no Brasil. E olha que o governo só queria aprovar R$ 200! Continuaremos lutando pelo auxílio de R$ 600”, disse.
Enquanto cresce a lista de bilionários…
Presidente do partido na Paraíba, o deputado federal Gervásio Maia usou a lista de bilionários brasileiros divulgada em julho para contestar o argumento de falta de recursos do ministro da Economia.
“Paulo Guedes alega que o país não tem recursos para manter os R$ 600 de auxílio. Mas no Brasil, os 42 bilionários do país aumentaram suas fortunas em US$ 34 bilhões, do início da crise sanitária até junho. A situação é grave e o Estado precisa garantir uma renda básica emergencial viabilizando segurança econômica para as famílias mais pobres”, afirmou.
PSB no Congresso
A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) garantiu que lutará no Congresso para manutenção do valor inicial. “O governo Bolsonaro anunciou corte no auxílio emergencial, reduzindo o valor para R$300! É um valor insuficiente para enfrentar a crise na saúde e na economia. Vamos lutar pelos R$ 600 até o fim da pandemia! O Estado precisa garantir renda básica emergencial para as famílias mais afetadas”.
No mesmo tom, o deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) também afirmou que não apoiará a proposta do governo na Câmara. “O presidente Jair Bolsonaro queria um auxílio emergencial no valor de R$ 200 e foi graças à luta do Parlamento que tivemos o valor estabelecido em R$ 600. O presidente anunciou hoje a redução do valor pela metade. Não vamos aceitar”.
Danilo Cabral (PSB-PE) se uniu aos colegas. “O Governo tomou uma decisão na contramão daquilo que deveria ser o caminho para a proteção social das pessoas. Lutarei na Câmara para derrubar essa decisão”, disse.
‘Governo excludente’
Para o deputado Tadeu Alencar (PSB-PE), o anúncio feito por Jair “Bolsonaro reitera o caráter excludente do seu governo ao cortar pela metade o valor do auxílio emergencial e de diminuir a previsão do salário mínimo”. “É mais uma prova de que governa de costas para a maioria da população”, apontou.
Denis Bezerra (PSB-CE) classificou como ‘absurda’ a decisão. “Bolsonaro anunciou que vai reduzir pela metade o Auxílio Emergencial ficando em R$ 300. No entanto, os R$ 600 deveriam se manter até o final do estado de calamidade pública. Como o povo brasileiro vai conseguir se manter?”, questionou.
Recursos
João H. Campos (PSB-PE) também se opôs ao discurso oficial do governo. “Defendi a prorrogação do Auxílio Emergencial no valor de R$ 600. Sua manutenção não traria um impacto fiscal de longo prazo, uma vez que aprovamos, no Congresso Nacional, o Orçamento de Guerra justamente para isso”, afirmou.
Já Elias Vaz (PSB-GO) desafiou a equipe econômica a criar uma nova fonte de recursos. “Mais um presentão de Paulo Guedes aos banqueiros! Para o ministro, reduzir o auxílio emergencial de milhões de brasileiros para R$300 é fácil. Quero ver se tem essa mesma coragem para acabar com privilégio de bilionário!