
No fim desta sexta-feira (24), o PSB apresentou requerimento de convocação na Câmara dos Deputados para que o ministro da Justiça, André Mendonça, explique a instalação de uma força de inteligência paralela, dentro da sua pasta, para identificar e perseguir intelectuais e opositores ao governo de Bolsonaro.
De acordo com uma reportagem assinada pelo jornalista Rubens Valente, divulgada nesta sexta, o alvo da investigação seria um grupo de 579 servidores federais e estaduais de segurança e três professores universitários, todos críticos do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
O PSB quer informações do Ministério da Justiça sobre a atuação desta suposta “polícia política”, termo usado pelo líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon, do Rio de Janeiro.
“Não bastasse tudo o que Bolsonaro já disse e fez, agora tomamos conhecimento da montagem um aparato paralelo no Ministério da Justiça para vigiar e perseguir seus opositores. Este é mais um ataque à democracia e à Constituição, que merece o mais duro repúdio das nossas instituições.Não podemos permitir que o governo tenha um aparato paralelo para vigiar e perseguir opositores”, disse Molon.
Além do pedido para que Mendonça explique a suposta perseguição a opositores, Alessandro Molon anunciou que o partido também apresentou uma representação junto Ministério Público Federal (MPF) para apurar possível abuso de autoridade e conduta ilícita do ministro contra a Lei de Acesso à Informação (LAI).
“Não vamos permitir que o ministro da Justiça tenha polícia política para perseguir cidadãos. Apuração já!”, declarou.