
Nesta sexta-feira (24), o Partido Socialista Brasileiro (PSB) afirma que protocolará pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), além de ter apresentado um requerimento para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). As medidas foram anunciadas após as declarações do ex-ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) sobre tentativa de interferência de Bolsonaro no comando e autonomia da Polícia Federal.
Segundo o PSB, a decisão do pedido veio após o presidente não responder as acusações de Sergio Moro de maneira “convincente”. Com a formalização da petição, Jair Bolsonaro acumulará 25 pedidos de impeachment.
“Absolutamente lamentável que, no meio de uma crise tão grave da saúde no Brasil, que já deixou mais de 3 mil brasileiros mortos, seja necessário iniciar um processo de impeachment contra o presidente da República”, afirma o líder do partido na Câmara, o deputado Alessandro Molon. Contudo, ele declara que “não há outra saída”, considerando os crimes cometidos pelo chefe de Estado.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, comenta que o “estrago político” causado pela demissão de Moro está feito e que o prosseguimento do pedido “ dará cores vivas ao cenário”.
Confira, na íntegra, a nota publicada pelo partido.
O Partido Socialista Brasileiro acaba de decidir que pedirá o impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro. Após as denúncias feitas pelo ex-ministro Moro de crimes cometidos pelo presidente da República, Bolsonaro não respondeu de forma convincente a nenhuma delas. Paralelamente a isto, o PSB também já deu início a um processo de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as práticas de crimes de obstrução de justiça, falsidade ideológica, prevaricação, tráfico de influência, entre outras condutas criminosas que possam ter sido cometidas por Bolsonaro, diante do exposto pelo ex-ministro da Justiça na manhã desta sexta-feira.
Segue cópia do requerimento de CPI e aspas do líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon (RJ), e do presidente do partido, Carlos Siqueira:
Líder Dep. Alessandro Molon
“Absolutamente lamentável que, no meio de uma crise tão grave da saúde no Brasil, que já deixou mais de 3 mil brasileiros mortos, seja necessário iniciar um processo de impeachment contra o presidente da República. Mas, infelizmente, considerando os crimes cometidos pelo presidente, e considerando que nossa omissão poderia tornar os efeitos da crise ainda mais graves, não há outra saída”.
Presidente Carlos Siqueira
“O estrago político causado pela demissão está feito e dará cores vivas ao cenário do impedimento, que já tem seus contornos absolutamente visíveis no horizonte”.