
O PSB informou nesta sexta-feira (10) que vai entrar com uma ação no Ministério Público contra Tercio Arnaud Tomaz, assessor palaciano apontado como o principal responsável pelo “gabinete de ódio”, que teve páginas deletadas na última quarta-feira, na ação do Facebook contra fake news. O partido quer que ele seja investigado por improbidade administrativa.
Na última quarta, um levantamento feito pelo Laboratório Forense Digital do Atlantic Council, em parceria com a empresa americana, citou Tercio, assessor especial do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como autor dos ataques a opositores, como ao ex-ministro Sergio Moro e a integrantes de outros Poderes, e por difundir desinformação em temas ligadas à pandemia do coronavírus.
“Gabinete do Ódio”
Além de Tércio, cinco ex e atuais assessores de legisladores bolsonaristas, entre eles um funcionário do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), foram identificados como conectados à operação de desinformação no Facebook e no Instagram.
O levantamento teve acesso a nomes e identidades das pessoas que registraram as contas falsas. Muitos posts foram feitos no horário de expediente.
Segundo o relatório, eles usavam contas duplicadas e falsas para escapar de punições, criavam personagens fictícios, fingindo ser repórteres, e administravam páginas simulando ser veículos de mídia.
Também usavam perfis falsos que postavam em grupos não relacionados a política, como se fossem pessoas comuns criticando opositores de Bolsonaro e promovendo o presidente, de acordo com a empresa.
Ação do PSB
Pelas redes sociais, o líder do PSB na Câmara, deputado federal Alessandro Molon (RJ) confirmou a ação do partido.
“O PSB pede ao MP que abra um inquérito por improbidade administrativa contra Tercio Arnaud. Segundo informações do Facebook, o assessor de Bolsonaro integra a rede de fake news financiada com dinheiro público e atua em horário de trabalho. Precisa ser investigado!”, declarou.